É inacreditável...mas é verdade. E nestas alturas, saem da minha boca os clichés que eu oiço das bocas de outros...que também parecem ser inevitáveis...
Embora eu não o conhecesse bem, daquilo que conhecia, era um rapaz impecável. Lembro-me da noite em que fomos em grupo ao Rubik, e conversámos sobre política, tema infelizmente pouco comum entre a malta da faculdade (já lá vão os tempos em que os estudantes conversavam mais sobre estes assuntos). Lembro-me também de uma conversa ao pé das escadinhas, com o mesmo grupo, onde após duas cervejas, eu desabafei sobre um tema para mim penoso, coisa também muito pouco comum em mim. E naquelas horas, estabeleceu-se ali uma intimidade que por vezes leva meses a construir-se. E lembro-me também de nessa noite, lhe contar o meu preconceito a propósito dos tropas, uma vez que ele estava no exército. Disse-lhe que achava que a maioria da malta que anda na tropa era um bocadinho...limitada. E ele concordou comigo e contou-me um episódio em que um colega dele, após ter ido a um exame médico por lá, afirmou, muito convencido de si, que tinha ido fazer o exame papanicolau.
Embora eu não o conhecesse bem, daquilo que conhecia, era um rapaz impecável. Lembro-me da noite em que fomos em grupo ao Rubik, e conversámos sobre política, tema infelizmente pouco comum entre a malta da faculdade (já lá vão os tempos em que os estudantes conversavam mais sobre estes assuntos). Lembro-me também de uma conversa ao pé das escadinhas, com o mesmo grupo, onde após duas cervejas, eu desabafei sobre um tema para mim penoso, coisa também muito pouco comum em mim. E naquelas horas, estabeleceu-se ali uma intimidade que por vezes leva meses a construir-se. E lembro-me também de nessa noite, lhe contar o meu preconceito a propósito dos tropas, uma vez que ele estava no exército. Disse-lhe que achava que a maioria da malta que anda na tropa era um bocadinho...limitada. E ele concordou comigo e contou-me um episódio em que um colega dele, após ter ido a um exame médico por lá, afirmou, muito convencido de si, que tinha ido fazer o exame papanicolau.
Acho que é com esta imagem jovial que eu, mas sobretudo aqueles que eram mais próximos, relembram o Ivan.
O que me vem à mente, depois do choque, é a proximidade...Podia ter sido eu, podia ter sido outro ou outra colega...E a verdade é que nós nunca pensamos nisso. E mais uma vez, é incompreensível o porquê de os pais e as pessoas mais próximas, mas penso particularmente na família, terem que lidar com tamanha injustiça.
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