Costuma-se dizer que quando se cospe para o ar, normalmente a cuspidela cai-nos em cima. E isto confirma-se com bastante regularidade.
Esta sexta-feira (yeee) fui à Aldeia do Mato com a Lulu e às tantas ela diz-me: "Epá, aquele homem está ali com um bruto escaldão nas costas...", ao que eu respondo: "Opá, estas pessoas...sabem perfeitamente que a esta hora os raios UV estão fortíssimos e não tomam precauções. Até parece que nunca ouviram falar em coisas como o cancro da pele..."
De notar que eu de facto besuntei-me com protector solar, mas desta vez em vez de me besuntar antes de sair de casa, como é habitual, besuntei-me em cima da hora e, para ajudar, há sítios em que eu me esqueço de passar o protector ou então não passo o suficiente.
É quase como estar a reviver os velhos tempos em que era eu uma adorável bebé com poucos meses de idade e em que ainda estava no primeiro estádio de Piaget, na fase em que se há algo que não se vê (ou deixa de ver) então é porque não existe (refiro-me então às minhas costas e parte de trás das pernas, não visíveis directamente). Só passados uns minutos é que tenho então noção da permanência do objecto e peço para me porem protector nas costas e, a partir daí, é num ápice que dou por mim já a ultrapassar o estádio das operações formais. Mas esses poucos minutos em que decidi demorar-me mais um bocadinho no estádio sensório-motor foram o suficiente para o escaldão se formar.
Resultado: quando cheguei a casa e me virei de costas para o espelho tinha uns belos "degrades" de cima a baixo.
Para a próxima já não te armas em esperta.
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