segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Saturday night tiririri rarara

Lembro-me de ser pequena e estar na terra dos meus avós, numa altura em que não havia internet nem playstations...havia só uma televisão muito modesta, que só dava a Rtp1 e era mal e porcamente. Era tão giro. O degredo tecnológico.
Assim sendo, restava-me o carro do meu pai e o leitor de cassetes (essas pequenas queridas já mortas e enterradas pela evolução). Apesar de já no meu âmago saber que o que eu queria era rambóia (entenda-se, saídas à noite), ainda era muito miúda para sair, de modo que me contentava a ouvir umas cassetes com uns mix's de música para discoteca dos anos 90. E não só ouvia como dançava. E vejamos que exige alguma perícia dançar sentada num banco do carro, não é para todos.
Esta particularmente fazia as minhas delícias. Ouvia-a repetidamente, sempre imaginando que era uma girls band aos saltos a cantar a música do sábado à noite (hoje, graças ao youtube, sei que é apenas uma fulana de toalha e secador na mão, com um efeito de duplicação de som, que faz parecer mais do que uma voz).


E porque as coisas do nosso passado têm um sabor especial, este sábado não fui para a rambóia (clarificando novamente, saída à noite), mas fiquei numa sessão de cinema tripla com a progenitora e o meu cachopo, estafeirados (como diz a minha avó) no sofá, a ver três clássicos da disney de seguida. Um sábado à noite para ser bom não precisa ser necessariamente sempre rambóia.

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