quinta-feira, junho 14, 2012

Correr

Como já vi que só controlar a alimentação não me traz resultados tão satisfatórios quanto eu gostaria, decidi que tenho mesmo que me mexer mais. Aborreço-me imenso se não fizer algum desporto, sinto o meu corpo a definhar, amolecer, mas também sou uma esquisitóide para decidir-me pelo que fazer. Já não me apetece enfiar-me num ginásio cheio de gajas a falar de temas banais, e mesmo que isso fosse interessante para mim, saía-me demasiado caro.

A natação acaba por ser apenas uma desculpa para o que eu gostava realmente de fazer mas que neste momento não posso, que é o mergulho. Continuo a gostar de natação, mas não sou como aqueles homens que vêm para a pista ao lado e estão ali 45 minutos de um lado para o outro, quais bonecos automatizados, quase sem parar. Fico-lhes com inveja, por serem tão empenhados e aproveitarem bem o tempo, mas a mim aborrece-me fazer mais do que quatro pistas de seguida.

Por isso agora decidi fazer algo inédito: correr. Eu que sempre tive cá para mim que correr sem ser para apanhar o comboio ou alcançar uma oportunidade única não tinha jeito nenhum. Felizmente, a inteligência tarda mas chega e percebi que, se quero apanhar o comboio (e façamos disso o propósito para correr), não basta fazê-lo só nessas ocasiões. Já sei como é ridículo ir a correr que nem uma desalmada (quase com a língua de fora) 200 metros e chegar ao destino quase a cair para o lado, tal não é a fraca resistência. E às vezes, perder o comboio à mesma.

Aproveitando os tempos...o bom tempo (climatérico) e o meu tempo livre, peguei em mim, nas minhas calças de licra justas (nas quais me sinto mais confortável) e no meu mp3 das cavernas que ainda funciona e lá fui eu por estes caminhos de terra a ouvir Gotye e outras músicas mais animadas.
E soube-me bem. Corria, caminhava, retomava a corrida e voltava a caminhar. A ideia é correr um bocado todos os dias, na medida do possível. Cheguei a casa toda transpirada e vermelha como um tomate, mas orgulhosa. Às vezes acho que não nos apercebemos do quão valioso é ter duas pernas funcionais. Não sei se é por ter estado mais com pessoas em cadeiras de rodas ultimamente, mas tive isso presente enquanto corria.

Aqui fica uma das boas músicas que agora anda a passar na rádio (pelo menos na antena 3) e que também me embala. A voz do vocalista no refrão faz-me lembrar o Phill Collins na altura dos Genesis. E quando oiço esta música também me lembro daquela montagem engraçada da Sic Notícias com o Sarkozy e a Merkel.



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