quinta-feira, junho 28, 2012

Look who's talking (1989)








Gosto tanto deste filme (e dos seguintes). Lembro-me de ver este filme várias vezes quando era pequena e achar-lhe um piadão. Deve ter sido aqui que tive um primeiro lamiré sobre como são os espermatozóides e o óvulo. Deve também ter sido por esta altura que começou a moda de colocar vozes em bebés e animais nos filmes, e, aparte de um ou outro pormenor, para a época, as montagens não estão más, pelo menos coincidem com os gestos ou expressões faciais na maioria das vezes (e não estão alteradas por computador).
Mas o que eu realmente gosto neste filme é a família...esta família, que começou com uma gravidez não planeada, de um fulano completamente imbecil.
Enfim, não vou estar aqui a contar a história, mas as personagens, e vamos esquecer as vidas reais dos actores (o John Travolta tá feio que nem um texugo e a Kirstie Alley também está muito estragada...e é maluca) são super engraçadas, em particular, a forma paternal como o Travolta interage com cachopos e com a mulher, não sei como é com outras mulheres, mas a mim deixa-me completamente enternecida.

Portugal - Espanha, visto por três mulheres*

Por mero acaso, dei por mim a ver o jogo. Nem sequer sabia que era hoje que ía dar. Sabia contra quem era, porque no facebook não se falava (nem fala) de outra coisa.
Mas pouco antes do jogo começar, fui visitar uma família amiga, que já tinha as pevides, a cerveja e os amendoins preparados para o espectáculo futebolístico. Assim sendo, ficaram três mulheres e um homem a ver futebol.
Eis algumas coisas ditas pelas três mulheres durante a primeira parte do jogo:

Apresentação dos jogadores de Espanha:
"Feio...feio...feio...feio...feio...safa-se...feio...feio...giro...feio...giro..."

Apresentação dos jogadores de Portugal:
"Feio...feio...feio...feio...feio...safa-se...feio...feio...feio...feio...feio..."

Este "safa-se" foi meu e era em relação ao Rui Patrício, personagem que eu desconhecia, como aliás quase todos os jogadores. Só conhecia o Ronaldo, reconheci a cara do brasileiro, sabia que havia um Coentrão (que me faz sempre lembrar carne à alentejana ou açorda), um Postiga (esse nem sei se lá estava) e um Bruno Alves (porque uma vez ouvi o nome e pareceu-me Nuno Alves, que é o nome do meu rapaz). De resto, eu ao início nem percebi que equipa era qual.

Seguem-se as perguntas:

- "Porque é que cada jogador leva uma criancinha com ele no início?"
- "O que é uma grande penalidade?"
- "Porque é que fazem este efeito na relva com faixas mais claras e como é que fazem isto?"
- "O que é que o fiscal de linha faz?"
- "O penalti é só quando o jogador toca com a mão na bola, não é?"
- "O que é exactamente um fora de jogo?"
- "Esta coisa dos cartões entra para o cadastro do jogador?"

Que fique claro, eu estou-me pouco marimbando para as respostas a estas perguntas. Só no momento é que elas surgiram. E eu até sei a resposta a quase todas, não me peçam é para explicar.
Quando entrou o intervalo, vim-me embora, porque era a altura ideal para ir correr, pois o sol já estava a esconder-se e a temperatura a arrefecer. Quando voltei da minha corrida-caminhada, o jogo continuava exactamente na mesma (excepto o Paulo Bento, que já não tinha casaco nem gravata)...Zero a zero (booooring).
Decidi então fazer o mesmo que faço com um livro, mesmo com algumas partes aborrecidas, já que comecei, agora leio até ao fim. E eis que chegam os penaltis e eu até dou por mim a bater umas palminhas irreflectidas ou a fazer uns sons de contentamento aquando os golos de PT.

Após constatada a derrota, eu, mulher que não percebo nada de futebol (pelo simples motivo de que não me interesso por ele) pergunto-me...Num jogo decisivo para a selecção, porque raio é que não puseram o Cristiano Ronaldo a fazer um dos penaltis?


*três mulheres inteligentes que não percebem de futebol nem lhes interessa serem experts no assunto

quarta-feira, junho 27, 2012

Ah e tal, porque és jovem...

Jovens que porventura leiam este blog e que estejam a anhar com tanto calor e com dois meses pela frente com algum tempo livre pelo meio, sugiro-vos que dêem uma vista de olhos nesta página.


Eu já me inscrevi numa das actividades e estou a controlar-me para não me inscrever em mais uma ou duas, que me são aliciantes.

Uma vez que encontrar trabalho neste país está difícil, sobretudo na área que procuro, eu decidi que, este verão, antes prefiro participar em actividades esporádicas que me enriqueçam pessoalmente, mas que não me custem muito dinheiro (esta actividade em que vou participar não tem quase custos nenhuns), do que estar presa a um trabalho que não me traz nada de novo por aí além, que não me permite ter algum tempo livre para, por exemplo, fazer uma formação, que me deixa exausta (como é o caso da restauração) e ter que trabalhar com pessoas que não querem saber da minha formação profissional p'ra nada (formação essa que demorou alguns anos e com bastante trabalho).

Fernanda Freitas


Gosto desta mulher. Acho que é uma mulher inteligente, prática e sensata.
É a apresentadora de um dos programas mais interessantes da televisão portuguesa, que infelizmente dá num horário errado...Devia ser exibido em horário nobre, substituindo uma das novelas ou reality shows idiotas, mas infelizmente não é isso que interessa à maioria dos telespectadores portugueses.

"É voluntária há 6 anos em hospitais pediátricos.
É autora do livro “Sem Medo, Maria” — retratos da violência doméstica em Portugal.
Integra o Forum da Educação para a Cidadania assim como a Plataforma dos direitos da criança;
Foi Embaixadora Nacional do Ano europeu contra a pobreza e exclusão social.
É Presidente Nacional do Ano Europeu do Voluntariado-2011." (Wikipedia)

E em relação a esta última frase, é sensata o suficiente para saber separar as águas entre o que é o voluntariado e o que é o aproveitamento de trabalho gratuito. Eu já fui voluntária durante alguns anos e também sei bem quais são os deveres e direitos de um voluntário, assim como me recuso a trabalhar gratuitamente sob o título de voluntariado.

No fundo, ela é aquilo que eu também quero ser quando chegar à idade dela. Interessamo-nos por temas semelhantes e, modéstia à parte, eu também me considero minimamente inteligente e sensata.
Já a vi pessoalmente (no Boot Camp Do Something) e não creio estar enganada em relação a ela.

Bem-haja a esta senhora.

terça-feira, junho 26, 2012

Penedo Furado 2011








"Dei aqui uma bela fodinha. Amo-te"

Se isto não é amor e originalidade...
Sabemos que vai estar cheio de gente para o próximo fim de semana, mas não temos hipótese...lá estaremos outra vez.

segunda-feira, junho 25, 2012

Um casaco perdido nos confins da CP

CP, CP...

O que é que eu faço contigo?

Esta nossa relação ambígua um dia ainda vai dar em ruptura.
Já me deste algumas alegrias, continuo a preferir-te a ti à Rede Expressos e ainda mais ao carro e às portagens. Para teres ideia de como já te sinto como uma extensão da casa, eu ontem saí do comboio de meias. É verdade. Estava tão entretida a ler o meu jornal e a ouvir os Balkan Beat Box, com os pés apoiados no banco da frente (só com meias, evidentemente), que só me apercebi de que tinha chegado ao destino quando vi dois homens a sair e um deles a lançar-me um olhar como quem me dizia "Veja lá se não é esta a sua paragem."...e tinha razão. Maneiras que, com medo que as portas se fechassem, eu tive que agarrar nos ténis, na mochila, na mala, no jornal e num saco com artigos para os bolos, tudo de uma assentada, esquecendo que tinha o mp3, que ficou por momentos a bailar, apenas agarrado pelos fones aos meus ouvidos. Felizmente que só uma ou duas pessoas me viram a sair do comboio de meias...e era de noite. E se mais pessoas vissem, também não queria saber...que vergonha a mais também chateia.

Mas, CP, também já me deste vários desgostos...e este é mais um a juntar ao rol.

É certo que foi por minha distracção que me esqueci do meu casaco no banco da estação, mas também foi passados 3 minutos que me apercebi da sua ausência e expus a situação ao revisor. Por sua vez, ele ligou a alguém que assegurou que encontrou o casaco e que o iria guardar nos Perdidos e Achados...Então, como é que me explicam que o casaco tenha desaparecido? O que é que de tão misterioso aconteceu entre a plataforma 4 e as bilheteiras, apenas separadas por alguns metros, para que o meu rico casaco tenha sumido?

Eu sei que é apenas um casaco, mas calha que até é um casaco do qual eu gostava muito (sim, já falo no passado, já estou a fazer o luto). E calha que eu sou moça que não gosto muito de comprar roupa, por ser uma seca, porque gasto dinheiro e porque considero que não preciso de mais roupa.

Após quatro idas às bilheteiras e um telefonema à CP, como é que é possível não terem o casaco?
Depois de tantas greves que vos aturei, de enganos nas informações, de aumentos sucessivos de preços, de atrasos, de funcionários antipáticos...e vocês não são capazes de me guardar uma porra de um simples casaco? Vou-vos escrever uma reclamação, que dificilmente me fará recuperá-lo, mas sempre fica registada.

Com isto tudo, só me resta dizer...

Shame on you, CP, shame on you.

Cúmulo da irritação

É eu dar-me ao trabalho de me inscrever em mais um site de emprego, em que tenho que inserir tooooooodos os meus dados pessoais e ainda ter que preencher novamente uma série de campos relacionados com formação e experiência profissional e, quando finalmente terminado o processo, querer candidatar-me a uma oferta...e aquilo dar erro à primeira, à segunda e só finalmente à terceira, quando já deito fumo pelas orelhas, aquilo finalmente envia.

É saturante isto. É sentir que estou constantemente a trabalhar para o boneco. E as respostas são poucas, comparadas com os as candidaturas. E o "sim" é coisa que não existe. Pudera, com tal desfasamento entre procura e oferta. E estes sites em que se tem que pagar para consultar a oferta de emprego??? Inacreditável.

Resta-me então estudar mais um dossier, desta vez sobre a Rede Social e a Comissão Social de Freguesia para que, sem qualquer garantia, talvez consiga estabelecer o meu próprio local de trabalho.
No mundo encantado das fadas, eu gostava de poder reunir uma equipa eficaz, à qual pudesse pagar de forma minimamente justa, para dar resposta, na medida do possível, às necessidades da comunidade em vista. Mas não sei se existem fadas em Portugal...sei que existem trolls, muitos, mas fadas, dá-me ideia que já desandaram daqui para fora.

Mirror mirror

Que filme tão parolo. Bah.

Snow White and the Huntsman


Gostei.
Tem bom enredo, tem boa banda sonora, tem o lado negro e tem fantasia, tem boas interpretações, tem trolls, fadas, veados, corvos, anões e exércitos. E tem movimento e tem alegria, como o Big Show Sic.

Agora vou ver a versão Mirror Mirror.

Não sei de onde surgiu agora esta onda de transformarem os contos de fada (sobretudo as versões soft da disney), mas eu deleito-me com isto. É o meu futebol.

sexta-feira, junho 22, 2012

Barefoot Contessa - back to basics

Pronto, descobri a minha nova diva da cozinha. Já que a Nigella nos abandonou, eu agora virei-me para a Ina (que é o que uma miúda me chamava quando éramos pequenas):


Esta mulher é como um marshmallow: doce, fofa e badochinha. Não sei para onde é que ela canaliza as impulsões de agressividade, mas em frente ao ecrã, parece daquelas pessoas que até pediria desculpa a uma mosca depois de a matar.
É simples, querida, simpática (está quase sempre a sorrir). Dá-me ideia que ficou para tia e dedica-se a fazer cozinhados para os amigos da mesma idade, que ou são gays ou são demasiado educados ou totós para lhe dizer expressamente que lhe querem saltar para a cueca.
Claro que faz aquilo que todos os cozinheiros de tv têm que fazer, que é falar o tempo todo, mas não é saturante, leva-se bem. Não é daquelas que faz do cozinhado um show e temos que diminuir o volume nem é como o Cake Boss (que também é Kitchen Boss) que está sempre a dizer coisas como "That's fritatta baby! oh yeah!! Hoboken style baby!!". Mas não desfazendo, bem-haja a tanta diversidade.
E gosto de uma boa parte da comida que ela faz. É diversificada mas não faz cenas esquisitas que eu vejo mas que depois nunca faria em casa.
Ina, estás aprovada.

Ass. Carol-Ina.

P.S. Correcção correcção! Afinal a senhora tem marido há quarenta anos! pelo menos, foi o que eu percebi por este episódio em que ela disse "o melhor é tu aturares-me há 40 anos", a não ser que fosse o irmão, e aí as minhas teorias mantêm-se.

quinta-feira, junho 21, 2012

4 kilos já cá não cantam

Desde que comecei a controlar a alimentação (há três semanas atrás) e fazer desporto com regularidade (quase todos os dias) até agora perdi 4 kilos.

Hoje, a balança (aquela a quem eu já chamei "essa pequena grande puta") apresentou-me finalmente o valor que eu queria para esta semana (atrasou-se quatro dias mas eu perdoo-a). Embora eu ontem tenha ido à Covilhã com a Diana, e, ambas de dieta, decidimos dar-lhe um valente pontapé (na dieta), comendo chanfana ao almoço, com direito a pãozinho molhado no molho (claro) e ainda sobremesa. À tarde mais uns cajus e pistáchios para ajudar à festa.

Mas hoje voltei a portar-me bem. Não só não comprei manteiga de amendoim (que tem a módica quantia de 600 calorias por 100g), como voltei a correr/caminhar durante a hora diária habitual. E assim se há-de manter até eu chegar ao meu objectivo: mais 6 kilos - a menos.

E raios me parta se eu não hei-de conseguir manter o peso a longo prazo.

segunda-feira, junho 18, 2012

Agora que Portugal está nos quartos-de-final...


Agora que Portugal está nos quartos-de-final, a nossa economia vai-se restabelecer, o emprego vai aumentar, vão deixar de existir trabalhos precários.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, todos vamos passar a pagar impostos, num sistema financeiro que vai funcionar harmoniosamente.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, todos os problemas de corrupção vão desaparecer, pois o sistema judicial também vai ser eficaz e vai punir todos os corruptos, sendo que apenas passarão a ser deputados as pessoas que verdadeiramente querem servir o país e não a si próprios.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, vamos passar a ser mais ecológicos, a respeitar-nos uns aos outros, aos animais e ao ambiente.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, já não vamos estar tão desesperados com as dívidas que teremos por pagar, pois o dinheiro será distribuído de forma justa.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, já saberemos muito melhor como gerir a nossa vida.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, os jovens já não precisarão de emigrar, pois já conseguirão ter um trabalho decente cá e já poderão fazer a sua vida como tanto desejam.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, os jogadores já não precisarão de gastar tanto, pois já têm o amor dos portugueses (sobretudo o Ronaldo, que agora já se portou bem, segundo consta).

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, já não nos precisamos de preocupar se Portugal sair do Euro fazendo com que a economia tenha mais uma brutal recaída.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, já não haverá tanta violência, pois se amamos o nosso país, não há razão para andar à bulha. As forças policiais nem terão muito com que se preocupar.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, a educação vai passar a ser um motivo de inveja para os outros países. Os nossos governantes vão conhecer o que são as nossas escolas, vão ler mais os estudos feitos sobre o assunto, vão-se deixar de tanta papelada inútil e vão perceber que a ideia de construir mega-agrupamentos é uma mega-estupidez.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, vamos parar de criticar sob a forma de mandar postas de pescada para o ar e vamos arregaçar as mangas e fazer algo de verdadeiramente útil para nós, para a nossa família e para a nossa comunidade.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, o nossos sistema de saúde também funcionará muito melhor.

Agora que Portugal está nos quartos-de-final, todos os nossos problemas vão ser amenizados e vamos todos viver felizes para sempre.

domingo, junho 17, 2012

O meu homem licenciou-se


Não tenho muito por hábito dizer aquilo que sempre se diz nestas ocasiões, mas desta vez digo porque considero que é especial.
Por ter trabalhado durante três anos para poder ir estudar, sendo o primeiro na família a ir para a faculdade e com muito esforço económico e alguns sustos com a DGES pelo meio, e ainda para mais ser o melhor aluno (não que fosse um factor importante, mas ainda enriquece mais)...

...é por tudo isso que eu estou muito orgulhosa do meu rapaz!

Não só é um moço inteligente, mas é muito mais do que isso...e acima de tudo, mesmo com o cabelo grande, continua a ser todo jeitoso! Eheheh

quinta-feira, junho 14, 2012

Correr

Como já vi que só controlar a alimentação não me traz resultados tão satisfatórios quanto eu gostaria, decidi que tenho mesmo que me mexer mais. Aborreço-me imenso se não fizer algum desporto, sinto o meu corpo a definhar, amolecer, mas também sou uma esquisitóide para decidir-me pelo que fazer. Já não me apetece enfiar-me num ginásio cheio de gajas a falar de temas banais, e mesmo que isso fosse interessante para mim, saía-me demasiado caro.

A natação acaba por ser apenas uma desculpa para o que eu gostava realmente de fazer mas que neste momento não posso, que é o mergulho. Continuo a gostar de natação, mas não sou como aqueles homens que vêm para a pista ao lado e estão ali 45 minutos de um lado para o outro, quais bonecos automatizados, quase sem parar. Fico-lhes com inveja, por serem tão empenhados e aproveitarem bem o tempo, mas a mim aborrece-me fazer mais do que quatro pistas de seguida.

Por isso agora decidi fazer algo inédito: correr. Eu que sempre tive cá para mim que correr sem ser para apanhar o comboio ou alcançar uma oportunidade única não tinha jeito nenhum. Felizmente, a inteligência tarda mas chega e percebi que, se quero apanhar o comboio (e façamos disso o propósito para correr), não basta fazê-lo só nessas ocasiões. Já sei como é ridículo ir a correr que nem uma desalmada (quase com a língua de fora) 200 metros e chegar ao destino quase a cair para o lado, tal não é a fraca resistência. E às vezes, perder o comboio à mesma.

Aproveitando os tempos...o bom tempo (climatérico) e o meu tempo livre, peguei em mim, nas minhas calças de licra justas (nas quais me sinto mais confortável) e no meu mp3 das cavernas que ainda funciona e lá fui eu por estes caminhos de terra a ouvir Gotye e outras músicas mais animadas.
E soube-me bem. Corria, caminhava, retomava a corrida e voltava a caminhar. A ideia é correr um bocado todos os dias, na medida do possível. Cheguei a casa toda transpirada e vermelha como um tomate, mas orgulhosa. Às vezes acho que não nos apercebemos do quão valioso é ter duas pernas funcionais. Não sei se é por ter estado mais com pessoas em cadeiras de rodas ultimamente, mas tive isso presente enquanto corria.

Aqui fica uma das boas músicas que agora anda a passar na rádio (pelo menos na antena 3) e que também me embala. A voz do vocalista no refrão faz-me lembrar o Phill Collins na altura dos Genesis. E quando oiço esta música também me lembro daquela montagem engraçada da Sic Notícias com o Sarkozy e a Merkel.



quarta-feira, junho 13, 2012

Operação Garagem

Estar desempregada é uma treta. Não me venham cá com paninhos quentes e que a crise é sinónimo de oportunidade que isso são tudo balelas. Mas a verdade é que, para mim, cuja família ainda me consegue sustentar e eu por opção recusei um trabalho manhoso, fica bastante tempo livre por ocupar.
E num destes tempos livres, decidi fazer algo que já tinha ideia de fazer há muito tempo, mas que nunca tive motivação para tal. Envolvia muito pó e ser dentro de quatro paredes. Mas desta vez deu-me na veneta e em três dias limpei e arrumei boa parte da minha garagem. Levei um carrinho de mão cheio de tralha para o lixo três vezes (gosto muito de carrinhos de mão, muito práticos) e fiz uma limpeza e selecção a uma série de brinquedos de infância que nem me recordava que estavam por ali. Pensava eu ser uma moça que sabia cuidar das suas bonecas em tenra idade, inclusivamente orgulhava-me de ter barbies vestidas, limpas e penteadas, mas isso deve ter sido quando o superego se estabeleceu com mais afinco, porque antes disso, as minhas pulsões agressivas devem ter sido direccionadas para estas pobres coitadas:

Ou então era a qualidade que era duvidosa.
Assim sendo, guardei uma parte da bonecada dentro da mala que levei para Paris (comprada nos indianos), que tem tudo partido, excepto a própria mala, que continua impecável e eu tinha pena de deitá-la fora. Assim serviu para alguma coisa.
Infelizmente, não tive a brilhante ideia de fotografar como a garagem estava antes, para fazer a comparação, mas quem a conhece, sabe que estava absolutamente caótica. Montes de tralha empilhada, carradas de pó, enfim, um desastre. Agora está assim...

Estas duas mesas e uma das cadeiras pretas estão à espera
que a respectiva dona (Lulu) as venha cá buscar. :)

Ah, entretanto lembrei-me donde me vieram as ganas, como dizem os espanhóis, para fazer este extreme makeover. É que eu andava cheia de vontade de fazer o meu bunker. Que não é bunker nenhum, são apenas reservas alimentares e de água (e algumas toalhitas e álcool, para o caso de não haver água para tomar banho), mas eu gosto de lhe chamar bunker:

Tirei esta foto antes da limpeza. E entretanto adicionei-lhe um saco de croquetes Friskies, porque os meus gatos também têm direito ao bunker, muito embora, em caso de necessidade, eles safam-se muito melhor do que nós. Chamem-me maluca, mas eu gosto de estar prevenida. Sei bem como as pessoas se transformam em bestas em situações de crise, basta recordar os recentes eventos na campanha do Pingo Doce (que era apenas uma promoção). O Saramago também sabia bem o que é o ser humano em crise quando escreveu o Ensaio sobre a Cegueira.

domingo, junho 10, 2012

Come Prima

Este foi o nome do restaurante a que fomos para celebrar o 2º aniversário de namoro. É uma expressão curiosa, mas não significa comer a prima nem mandar a prima comer. Em italiano, significa "como antigamente".

E fica aqui a minha recomendação pelo espaço. Não é muito barato, embora isto dos custos já vi que é muito subjectivo. Depende de cada carteira e de cada mentalidade. Há quem ache que 20 euros por pessoa em Lisboa não é caro. Para o meu rapaz, é uma catástrofe, a que ele apenas cedeu graças aos meus encantos e porque eu o convenci de que era uma ocasião especial.

Para mim foi óptimo. Começaram logo por me dar pãezinhos da casa e azeite, logo aí, já começam bem, que eu adoro ambas as coisas. Depois comi uns escalopes de vitela com cogumelos porcini e como sobremesa um cheesecake com frutos vermelhos quentes. Portanto, nada de requintadíssimo com nomes muito compridos/esquisitos, mas o bastante para eu experimentar algo novo e agradável.

É que apesar de aquele ser o tipo de restaurante que eu própria faria, se enveredasse por essa área, a verdade é que não há assim tantos restaurante que me agradem na relação qualidade-preço. Ou são muito giros, mas absurdamente caros, ou então têm uma decoração ou menu que não me agrada por aí além.

Quando estivermos abastados, vamos ao Olivier e eu como uma sobremesa cujo tamanho do título certamente não será proporcional ao tamanho da dita sobremesa, mas que soava muito bem, envolvia chocolate, gelado e limão. Um dia lá chegaremos, por enquanto, dou-me por contente por, ainda assim, podermos ter o privilégio de poder esbanjar uns euros muito ocasionalmente.

"Cada vez mais difícil ser homem"

Hoje, pela primeira vez em meses, li a Sábado. E cheira-me que ela anda a tentar fazer concorrência ao Correio da Manhã, mas com outras nuances. O pressuposto é o mesmo: temas quentes para despertar polémica mas informação deficiente para os sustentar convenientemente.

Um dos temas de destaque de hoje era: "Porque é que nos viciamos em jogos estúpidos", cuja notícia incluía os Angry Birds e o Bejeweled. E eu gostaria de saber o que é que esses jogos têm de estúpido. Bastava tirarem o "estúpidos" do título e tudo já faria muito mais sentido e seria menos...estúpido.

O outro tema também em destaque tinha como título "É cada vez mais difícil ser homem", cuja notícia fala dum livro dum gajo chamado David Benatar. Vejamos algumas frases:

1. "Há muito mais campanhas contra a excisão feminina do que contra a circuncisão masculina (especialistas sublinham que não são situações comparáveis em termos de dor e efeitos secundários)."
- Ainda bem que esclareceram e adicionaram a informação em parêntesis, porque de facto não tem comparação.



2.  "As mulheres não são obrigadas a pertencer às Forças Armadas, nem mesmo nos países onde o serviço militar é obrigatório."
- Na minha opinião, ninguém devia ser obrigado a coisa nenhuma deste género.

3. "As mulheres não precisam de fazer testes de ADN para saber que os filhos são delas"

- E os homens não têm que os parir! Querem comparar? Culpem a genética.

4.  "Os bares fazem ladies nights, onde as mulheres consomem bebidas de graça, mas os homens têm de pagar."

- Concordo totalmente com a igualdade. Já vários homens se queixaram do assunto muito chateados, quase como a mandar vir connosco mulheres, como se nós é que tivéssemos instalado as ladies night (obviamente que as aproveitamos, tal como os homens aproveitariam se houvesse men's nights), mas eu sempre lhes dei razão. Não vejo motivo para que paguem mais. Devemos ambos pagar o mesmo - pouco!



5. "Há mais rapazes do que raparigas a abandonar a escola e a interromper as licenciaturas."
- Humm...e o que é que isto tem a ver? Há que compreender os motivos. Se o motivo for a preguiça, logo aí se vê o peso deste argumento. Que parvoíce.

6. "Os jovens do sexo masculino têm mais probabilidades de cometer suicídio."
- Mais uma vez, há que compreender os motivos disto. Gostaria de saber quais são. Colocar uma frase assim sem uma explicação também equivale a zero.

7. "
Muitos países criminalizam actos homossexuais entre homens, mas não entre lésbicas."
- Aqui estou totalmente de acordo. Como é evidente, não se deve criminalizar nem punir nenhum (nem gays nem lésbicas).

8. "Os homens trabalham em média mais horas do que as mulheres."
- Mais uma vez, há que entender o porquê disto acontecer. E convém também não esquecer que as mulheres continuam a ser quem mais trabalha em casa (contabilizaram essas horas de trabalho? não me parece) e, como sabemos, muitas mulheres continuam a ter salários inferiores a desempenhar os mesmos trabalhos que os homens. Já nem vou abordar a questão da eventual descriminação pelo facto de a mulher poder engravidar (e portanto, ficar com licença de maternidade, não trabalhar), mas também convém ter isso presente.

9. "
A grande maioria da população prisional é masculina."
- Solução: Não cometam crimes. Que eu saiba não existe um gene presente nos homens que faça com que tenham mais propensão para cometer crimes.

10. "
Os homens morrem em média mais cedo do que as mulheres."
- Os meus avôs morreram primeiro que as minhas avós. Quem sofreu com a ausência foram elas. Se o meu rapaz morrer primeiro que eu, o problema não é dele, é meu (a não ser que eu entretanto já não o quisesse ver à frente e tiver sido eu a dar-lhe cabo do canastro - aí já ía contribuir para inverter ali a estatística de mais homens na choldra).

11.  "
Os homens perdem mais vezes a custódia dos filhos do que as mulheres."
- De acordo. Devem ser implementadas mais medidas para que a custódia seja dada a quem a merece. Lá porque foi a mãe a parir a criança, não significa que seja ela necessariamente a melhor ou a única que merece ser a sua cuidadora.

Na minha mente, que alguns poderão considerar jovem e pouco vivida (eu, arrogantemente, acho que tenho mais juízo que muitos adultos), não acho que a igualdade seja assim tão difícil de alcançar.

quinta-feira, junho 07, 2012

Mi querida abuela

(Ao telefone)

(...)
Eu - Mas olha Vó, eu amanhã não estou cá, vou para Lisboa.
Avó - O que é que vais fazer para Lisboa? (já em tom depreciativo)
Eu - Olha, faço 2 anos de namoro com o Nuno e já não o vejo há duas semanas.
Avó - Então e isso não podia esperar?
Eu - Não, não podia.
Avó - Então vai, vai gastar dinheiro com fartura. Depois quando precisares não tens.
Eu - Não vou utilizar o teu dinheiro, está descansada.
Avó - Pois, tá bem. Adeus.

De notar que a minha avó gosta do moço. Faria se não gostasse.

Habemus Ristorante


E é mesmo italiano.
Em termos de decoração, é simples mas bonito, à média luz, como eu gosto.
Não é demasiado caro, mas também não é uma chafarica.
Agora vamos ver se a paparoca também é aprovada.

Como fica a minha mesa após a decoração de um bolo

quarta-feira, junho 06, 2012

Putas

Eu às vezes fixo coisas um bocado idiotas, mas que me fazem rir repetidamente sempre que as recordo. Uma delas é a anedota das ervilhas, com a qual eu já massacrei muitos dos meus amigos e que eu elejo como uma das minhas favoritas. Aviso já que para as pessoas normais, ela não tem piada nenhuma:
"Estavam duas ervilhas à beira de um precipício. Uma atirou-se, a outra chamava-se António." (e com isto já me ri outra vez)

A outra que eu de vez em quando também me lembro e que também acho piada é um "pequeno poema da autoria" da Pipoca mais doce (dispensa link), em que ela escreveu, a propósito das bolhas que o verniz que ela andava a usar provocava (no próprio verniz, não na pele). Eu adaptei esse magnífico poema para o meu problema actual:

"Aftas.
Muitas.
Putas.
Muito putas."

Não

Eu não vejo o Ídolos, eu não vejo novelas, eu não ligo pevas aos jogos da Selecção, eu não leio o Correio da Manhã...portanto, eu não devo ser uma portuguesa normal.

Restaurantes

Está a tornar-se difícil a tarefa de encontrar um restaurante na baixa de Lisboa que seja bom, barato e mais ou menos romântico. Os mais baratos que encontro e com algum charme, que não são assim tão baratos quanto isso (20 euros por pessoa), tanto têm críticas muito positivas como muito negativas. Fico baralhada.

Convém ter um decidido até amanhã. Se não me decidir por nenhum, vai-se comer uma febra às festas populares. Pronto, tá o jantar romântico resolvido.

terça-feira, junho 05, 2012

A sério...

...tinha mesmo que me esquecer da minha mala num centro comercial em Coimbra? tinha mesmo que ser? Logo agora que amanhã vou ao centro de emprego para uma cena importante e de certeza que me vão pedir o B.I...

Caraças, sou mesmo totó. O que vale é que o telemóvel tinha-o comigo, menos mal, agora vou confiar na senhora da loja para que não dê de caras com o meu cartão de crédito e para não se lembrar de ter ideias amorais.

Catano, já não me bastava ter tido uma viagem atribulada com uma pessoa doida ao volante (se não fosse deitada no banco de trás, tinha vomitado passados 20 minutos)...Gooooosh.

segunda-feira, junho 04, 2012

Olá, eu sou a Carolina...

...e já não como porcarias há três dias.

Um dia destes reencontramo-nos


Cachopos

Eu e as crianças temos uma relação interessante. Não sei se é por ainda ter cara de miúda e eles identificam-se com isso, ou se é porque tenho algum jeito e gozo para lidar com elas. Quando me deixam sozinha com os miúdos, eu perco-me.

Ontem estava com cinco à minha volta, a mostrar-lhes as fotografias da Disneyland e a contar-lhes o que vi por lá e quando fiz a descrição do dragão que está na caverna por baixo do castelo da Bela adormecida, com uma certa interpretação teatral, de como ele tinha os olhos vermelhos, de como ele deitava fumo das narinas, e como ele mexia as garras e o rabo pontiagudo dentro de água, deliciei-me a olhar para a cara de um deles com os olhos arregalados a olhar para mim. Eheh. E quando lhes descrevi como era o elevador do terror e quando fiz um gesto e som bruscos para lhes mostrar como era a queda, eles davam um salto e seguir riam-se que nem uns perdidos.

Hoje estive com duas miúdas, de 7 e 10 anos, que já não via há 6 anos (apesar de morarem aqui perto) e só me lembrava da mais velha quando era bebé. E bastou estar uma tarde com elas para quando a mãe delas me perguntou "queres jantar cá?" elas ensanduicharam-me, literalmente, a dizer "fica fica" e ajoelharam-se as duas (também com algum teatro), com as mãos em sinal de súplica, a olhar para mim para eu lá jantar. Eu, perante tal cena engraçada, não podia senão aceitar.

Gosto mesmo de cachopos. Gosto do pensamento que eles têm, da liberdade (embora condicionada, mas maior que a nossa), da espontaneidade. Quando estou em baixo, se estiver com miúdos à volta, até me esqueço dos meus pequenos problemas. Achei piada a quando a mais nova me foi mostrar bocados de fita cola que ela colou a uma verga de madeira, porque estava rachada ao meio. Ou quando estava com a cabeça baixa junto à toalha da mesa e, quando lhe perguntam "O que é que estás a fazer?" ela diz que estava a falar com a toalha. E estava mesmo, não era só para se armar em engraçada. E consta que às vezes contava segredos às paredes (isto faz-me lembrar uma música qualquer...). É aquilo que em psicologia se chama, se não me engano, o antropomorfismo dos objectos, ou algo parecido.

E para comemorar este meu afecto por criaturas pequenas e sonoras...fica aqui uma foto que eu gosto muito.



domingo, junho 03, 2012

A minha gaja (quase) perfeita

Ela está tão bonita. Hoje ficou praticamente perfeita. Já tinha luzes atrás e à frente, já tinha um assento mais almofadado para não magoar o rabiosque, já tinha um suporte para a garrafa que entretanto se partiu (mas creio que tem conserto), já tinhas um cadeado...e agora tem um cestinho!!! Tão linda...

Só continuas mesmo é com as tuas manhas com as mudanças e com a corrente e de vez em quando sujas-me a perna direita com óleo, mas a dona gosta de ti à mesma.

Quando deres o berro, vais ser substituída por uma deste género...


Mas por enquanto continuas a ser a minha menina...


Recados do dia

1º recado:

Caras senhoras que metem o preço na fruta do supermercado...

Se eu vos dou um cacho de bananas sem saco, uma manga, sem saco, e umas maçãs, com saco, não foi por preguiça ou esquecimento, é porque não quero mesmo saco! Estou eu aqui a tentar contribuir para a redução de utilização do plástico e vocês ignoram completamente o meu apelo silencioso...e quando não é silencioso, respondem, com alguma piada, mas contra a minha vontade.."ah nós aqui não somos ecologistas"....quer dizer...

2º recado:

Caros automobilistas...

Se eu vou a pedalar à beirinha da estrada, o mais à direita que consigo sem me espetar na valeta, não oscilo, nem faço sinal para mudar de direcção, nem sequer há sítio para eu mudar de direcção, não precisam de me apitar uma ou mais vezes para assinalarem a vossa presença!!! Eu não sou surda, felizmente. Eu oiço-vos. E mesmo que não vos ouvisse, sei que vocês passam por mim, ok??? Eu sei que a intenção até pode ser boa, mas eu não gosto que me apitem. A buzina deve ser utilizada só em algumas ocasiões. Se todos decidissem apitar-me sempre que eu vou a pedalar na estrada, tornava-se verdadeiramente cansativo. Não estamos na Índia.