Não gosto muito dos dias de coisas. Não sei porquê, não acho piada. Nem dia do pai, nem dia da mulher, nem dia dos avós, nada disso. Embora reconheça que possam ter a sua importância, mas eu pessoalmente não me sinto inclinada a comemorá-los, porque justamente acho que são demasiado importantes para se lhes atribuir um único dia.
Vai daí e completamente não relacionado, ou quase, falo apenas no episódio que me aconteceu hoje.
Em vez de falar de pais, falo de homens. Ora como uma boa parte dos homens são pais, e felizmente pelo menos metade (eu gosto de ver a coisa pela positiva) são bons pais, hoje homenageio os homens. Sim, que isto de ser feminista não é, quanto a mim, dizer que as mulheres são melhores e que deveriam governar o mundo (livrem-nos disso!), da mesma maneira que não quero que sejam só os homens a governar o mundo (livrem-nos disso!). Ainda não entendi como é que uma boa parte do mundo ainda não percebeu que nós funcionamos muito melhor quando há equilíbrio (de género, de tudo!).
Bom, mas como esse assunto seria muito longo e metafísico e óptimo para esta altura da noite e para a minha birra do sono, não o vou abordar.
Mas há uma coisa que saliento nos homens que eu gosto bastante: estarem sempre prontos para ajudar.
Não que me aconteça com frequência, felizmente, mas ocasionalmente lá me ocorre ter um problema no carro, desta vez, decidi espetá-lo numa valeta de terra batida, ora o bicho nem andava para a frente, nem para trás, era ver o fumo a sair dos pneus e o carro a ir abaixo, ainda experimentei um ou dois truques, mas nada feito, nem sequer experimentei empurrar o carro destravado porque percebi que era inútil. Vai daí, quando estava a ligar para um amigo meu que tinha familiares e vizinhos na zona onde estava, parou um carro por perto e lá veio um homem, já a mirar a situação, pronto a perceber a resolução. Nestas situações, há que não ser parva e portanto, disse logo ao meu amigo onde estava e em poucos minutos, logo se soube quem era o senhor e que era bem conhecido do meu amigo, portanto, fiquei logo descansada.
Como este senhor sozinho não conseguiu empurrar o carro, chamou mais uma data de amigos (homens) e eu já estava a ver que se tinha que atar uma corda ao carro, mas afinal não, bastaram três homens e algum franzir de cara para empurrar o bicho e conseguir pô-lo a mexer.
Ora pensando bem, um grupo de três ou cinco mulheres vá, conseguiriam fazer o mesmo, mas dificilmente eu conseguiria mobilizar cinco mulheres em menos de cinco minutos para resolver tal aparato, bom, a não ser que houvessem mudanças culturais bastante significativas. Não se atribui à mulher este tipo de tarefa. Mas eu até me ofereci para empurrar o carro, a minha maior preocupação era só sujar o casaco branco, mas isso também se tirava, mas eles lá acharam que eu ficava melhor dentro do carro e fazer marcha-atrás.
Dei-lhes um passou-bem (à homem) muito sentido e os meus melhores agradecimentos.
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