terça-feira, março 20, 2012

Cinema no feminino



Happy-go-lucky, fiquei a saber, significa uma pessoa sem grandes preocupações, que leva tudo na boa. Este filme ao início parece girar em redor de uma protagonista um bocado apatetada, e na verdade é, mas depois é uma agradável surpresa ver que isso não afecta a sua sensibilidade e tacto. É britânico, vi-o sem legendas e percebi tudo, estou orgulhosa (claro que se fosse aquele escocês profundo, via-me à rasca).



Tinha uma expectativa muito diferente deste filme. Confesso que até me fez um bocado impressão na primeira meia hora, aqueles rituais absurdos da corte francesa. Que aprisionamento.
Estava também à espera que ela dissesse a célebre frase "Se o povo não tem pão, então comam bolos", e a não ser que tenha adormecido nessa parte, acho que ela não disse. E também pensava que íam pôr a parte da guilhotina. Gostei da caracterização e dos bolos =D



Um filme norte-americano atípico (se não fosse pela sua origem, podia passar por europeu). Uma interpretação brutal e bastante diferente do habitual da Anne Hathaway. Um filme que podia muito bem ser real. Em alguns momentos arrepiou-me, não por causa de nenhuma imagem chocante, mas precisamente pelo seu realismo. Com muita interculturalidade e dramas familiares à mistura. Uma coisa que eu gostei neste filme é que cada personagem distinguia-se perfeitamente das demais, até mesmo aquelas que só diziam meia dúzia de coisas, o que me permite um melhor "saboreamento" da narrativa.

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