Para não variar, hoje cruzei-me com o fulano no Pingo Doce novamente. Em cada 8 idas àquele supermercado, 5 delas tenho que me cruzar com a criatura.
O olhar da aventesma, que eu ignoro com facilidade, não me custa propriamente.
Mas hoje tive mesmo que passar diante dele, quando ía a sair com as compras e o fulano, que estava a conversar com o segurança, decidiu fazer muito baixinho um daqueles "psst" que os gajos gostam de dizer, vá-se lá entender porquê, porque nunca conheci nenhum caso em que uma mulher respondesse positivamente a estes apelos.
Péssima ideia. Eu vinha um bocado saturada (o ambiente do meu trabalho às vezes torna-se um bocado saturante, não por causa dos idosos), maneira que reagi instintivamente. Dei três passos atrás, virei-me para ele, arregalei-lhe os olhos e disse "Desculpe???". O fulano ficou a mirar-me com cara de parvo, sabendo perfeitamente o porquê daquela reacção, embora não quisesse dar parte fraca em frente ao segurança e passados dois segundos, disse, aparvalhado, "o quê?", eu virei-lhe costas e segui caminho.
Se fosse outro tipo qualquer eu teria ignorado.
Mas este não tem esse direito. Já me bastou ter que aturar mensagens, toques e apitadelas de carro quando andava na secundária. Mas já passaram dez anos, já não tenho receios em ripostar.
Era só o que faltava. Tipos nojentos pá. Rua com eles todos.
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