Sempre tive medo do momento em que começássemos a matar-nos uns aos outros por uma garrafa de água 33cl. Ou no pânico que não será sempre que muita gente fica num determinado sítio e tem que sair de emergência. Nem quero imaginar, se penso nisso perco toda a minha réstia de fé na humanidade.
Mas desde que senti um trovão demasiado perto...tão perto que parecia mesmo que o mundo ía acabar...acho que vamos mesmo todos desta para melhor. Senti o mesmo que as pessoas de Tomar devem ter sentido quando viram o tornado a passar ao lado, mas por muito menos tempo. Só sei que fiquei meia hora exasperada, ofegante, à espera do próximo. Se estivesse sozinha, não tinha dormido mais.
É por isto que eu não percebo as catástrofes. Percebo a estupidez humana (que leva a várias catástrofes), mas as catástrofes naturais e o seu rasto de destruição, não percebo. Acho que a humanidade já tem bastante com que se entreter, para ainda levar com destruições maciças. É que são sempre os mesmos desgraçados (que já levavam vidas difíceis) que levam com elas (veja-se o caso do Haiti). É um dos motivos porque não acredito em Deus.
bem, eu confesso-te que lido melhor com as catástrofes naturais que com as humanas. estas são mais silenciosas, não fazem ruído e raramente batem à porta de forma indiscriminada. por isso passam mais despercebidas mas conseguem fazer maior mal que as naturais. aquele trovão que ouvimos foi tão barulhento porque deve ter caído ali muito perto de casa, a muito poucas centenas de metros. quando quiseres saber a distância a que os raios estão a cair, após veres o relâmpago, começas a contar os segundos até ouvires a trovoada. depois multiplicas esses segundos pela velocidade do som - 340 metros/segundo. assim saberás se eles estão a cair perto ou longe.
ResponderEliminarnuno
as catástrofes naturais podem ser entendidas de várias maneiras. mas na maior parte dos casos, elas manifestam-se como o rebentar de uma bolha, como o descontrolo de factores que não mais podem ser contidos, como por exemplo as correntes de ar quente e ar frio ou a pressão atmosférica, ou libertação de energia provocada pelo choque das placas tectónicas. mas regra geral, os fenómenos climáticas são uma forma de o planeta repor o seu equilíbrio.quanto maior for o desequilíbrio, maior será a violência dos fenómenos que levarão à correcção desse desequilíbrio. dai que muita gente desvalorize o aquecimento global. o problema do aquecimento global são os seus efeitos colaterais como o aumento das temperaturas,efeitos nas estações do ano, impactos ao nível das correntes oceânicas ou da pressão atmosférica, a redução dos recursos aquáticos ou a extinção da biodiversidade. e o aquecimento global está a provocar a radicalização de certos elementos fundamentais à vida aqui na terra. por outras palavras, está a provocar desequilíbrios cada vez maiores. como consequência, o anulamento desse desequilíbrio é cada vez mais violento. repara na Austrália. é verdade que é um país propenso à seca. mas desta vez, a seca durou quase 1o anos. durante esse período, as temperaturas no verão subiram como nunca antes. agora olha o que está a acontecer no Estado de queensland: cheias como nunca antes se viu. as correcções dos desequilíbrios são cada vez mais violentas.
ResponderEliminara violência destas correcções é também amplificada pela acção humana. construção urbana massiva em leitos de cheias, em arribas instáveis para sustentar os alicerces de edifício ou junto às linhas de costa marítima. além disso, a fraca qualidade das construções, a ausência de uma politica de administração e ordenamento urbano que defina onde se pode construir e como construir e grandes concentrações populacionais em regiões sísmicas provoca uma amplificação muitas vezes incalculável do ponto de vista humano e material das consequências das catástrofes naturais. assim, logo após a catástrofe natural, segue-se logo a humana que amplifica a anterior.
repara o que aconteceu na madeira: construção em leito de cheias e nas encostas das montanhas, no haiti: demasiada concentração populacional em construções de má qualidade numa região altamente sísmica.
as catástrofes naturais não atingem sempre os mais fracos e pobres. aliás, nem sequer há essa selecção. o que acontece, é que os países mais ricos e desenvolvidos têm melhores e maiores capacidades para superar os problemas causados pelas catástrofes naturais. repara nos furacões que atingem o golfo do México todos os anos.na américa latina fazem muitos estragos e vários mortos. nos EUA, há um controlo do fenómeno que permite a antecipação do mesmo e uma prevenção dos riscos que salva vidas e bens materiais.o tsunami de 2004 na Ásia foi ainda mais devastador por causa dos imensos empreendimentos turísticos construídos nas praias e a poucas dezenas de metros do mar, onde não existe qualquer protecção contra o avanço das águas do mar. o terramoto do Haiti fez muitas dezenas de milhares de mortos. as más políticas urbanas e a ineficiência do Estado para socorrer as vítimas da melhor forma e apoiar os sobreviventes levaram à amplificação da devastação do sismo. o sismo de l'aquilla em Abril de 2009 na Itália, fez pouco mais de 300 mortos. o socorro às vitimas e desalojados foi imediato.
desta forma, podemos ver como o crescimento da população mundial não tem sido ordenado de forma a respeitar a sustentabilidade deste planeta, a respeitar as suas fragilidades e a compreender o seu funcionamento.
nuno
as catástrofes naturais podem ser entendidas de várias maneiras. mas na maior parte dos casos, elas manifestam-se como o rebentar de uma bolha, como o descontrolo de factores que não mais podem ser contidos, como por exemplo as correntes de ar quente e ar frio ou a pressão atmosférica, ou libertação de energia provocada pelo choque das placas tectónicas. mas regra geral, os fenómenos climáticas são uma forma de o planeta repor o seu equilíbrio.quanto maior for o desequilíbrio, maior será a violência dos fenómenos que levarão à correcção desse desequilíbrio. dai que muita gente desvalorize o aquecimento global. o problema do aquecimento global são os seus efeitos colaterais como o aumento das temperaturas,efeitos nas estações do ano, impactos ao nível das correntes oceânicas ou da pressão atmosférica, a redução dos recursos aquáticos ou a extinção da biodiversidade. e o aquecimento global está a provocar a radicalização de certos elementos fundamentais à vida aqui na terra. por outras palavras, está a provocar desequilíbrios cada vez maiores. como consequência, o anulamento desse desequilíbrio é cada vez mais violento. repara na Austrália. é verdade que é um país propenso à seca. mas desta vez, a seca durou quase 1o anos. durante esse período, as temperaturas no verão subiram como nunca antes. agora olha o que está a acontecer no Estado de queensland: cheias como nunca antes se viu. as correcções dos desequilíbrios são cada vez mais violentas.
ResponderEliminara violência destas correcções é também amplificada pela acção humana. construção urbana massiva em leitos de cheias, em arribas instáveis para sustentar os alicerces de edifício ou junto às linhas de costa marítima. além disso, a fraca qualidade das construções, a ausência de uma politica de administração e ordenamento urbano que defina onde se pode construir e como construir e grandes concentrações populacionais em regiões sísmicas provoca uma amplificação muitas vezes incalculável do ponto de vista humano e material das consequências das catástrofes naturais. assim, logo após a catástrofe natural, segue-se logo a humana que amplifica a anterior.
repara o que aconteceu na madeira: construção em leito de cheias e nas encostas das montanhas, no haiti: demasiada concentração populacional em construções de má qualidade numa região altamente sísmica.
nuno
as catástrofes naturais não atingem sempre os mais fracos e pobres. aliás, nem sequer há essa selecção. o que acontece, é que os países mais ricos e desenvolvidos têm melhores e maiores capacidades para superar os problemas causados pelas catástrofes naturais. repara nos furacões que atingem o golfo do México todos os anos.na américa latina fazem muitos estragos e vários mortos. nos EUA, há um controlo do fenómeno que permite a antecipação do mesmo e uma prevenção dos riscos que salva vidas e bens materiais.o tsunami de 2004 na Ásia foi ainda mais devastador por causa dos imensos empreendimentos turísticos construídos nas praias e a poucas dezenas de metros do mar, onde não existe qualquer protecção contra o avanço das águas do mar. o terramoto do Haiti fez muitas dezenas de milhares de mortos. as más políticas urbanas e a ineficiência do Estado para socorrer as vítimas da melhor forma e apoiar os sobreviventes levaram à amplificação da devastação do sismo. o sismo de l'aquilla em Abril de 2009 na Itália, fez pouco mais de 300 mortos. o socorro às vitimas e desalojados foi imediato.
ResponderEliminardesta forma, podemos ver como o crescimento da população mundial não tem sido ordenado de forma a respeitar a sustentabilidade deste planeta, a respeitar as suas fragilidades e a compreender o seu funcionamento.
nuno