Jamais vir andar de bicicleta com o totó do meu cão atrás de mim. Não voltaremos a repetir a epopeia de ontem em que o fulano me veio a seguir, o que até teve a sua graça até chegarmos a umas rotundas muito movimentadas, e o pató em vez de ir para o passeio não....Vai mesmo para o meio da rotunda. E eu já a levar os braços à cabeça, a pensar, mas tu queres ver que o bicho é atropelado ou ainda me provoca um acidente, e eu a chamá-lo com toda a potência da minha goela e ele nada, moita carrasco. Quando finalmente dei meia volta, seguiu-me e depois sentou-se, ficou a olhar para mim, com a língua de esguelha, a deitar vapor, e sentado com a sua patinha de lado (às vezes faz lembrar um empregado de mesa) como quem diz "Então, parámos? Estava a ser tão divertido." Enxotei-o, disse para ir para casa, tentei assustá-lo, mas saiu-me tudo furado. Ele lá acha que tudo é brincadeira.
Ainda tentei enganar o fulano, voltei para trás, ele seguiu em frente, depois voltei a seguir pelo caminho anterior a toda a velocidade, mas quando olhei para trás lá vinha uma bola de pêlo a descer a rua outra vez. Claro está que quando voltámos para casa, esteve-se pouco marimbando na minha companhia e foi desinquietar os outros cães. Com isto tudo, já o sol se estava a pôr, tive que arrumar a bicicleta.
Quando cheguei à cozinha, estava a dar o filme "Marley e eu". Cheguei à conclusão que o meu Neco/Junior, ao pé do Marley, é um menino de coro.
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