quarta-feira, outubro 06, 2010

Plenitude

Cada vez mais penso que só quando uma pessoa se sente plena é que se pode realizar. Não digo que se sinta sempre feliz, embora haja mais motivos para isso. 

Aqui há uns meses, eu não me sentia plena, sentia um vazio que me incomodava todos os dias. E era feliz em todo o caso. Mas não me sentia plena. Neste momento sinto esse vazio preenchido e chego ao cúmulo do egoísmo e, por uma vez, não me preocupo tanto. Ah, bolas, pensei que conseguia expressar isto por escrito mas não consigo.

Há ainda uma mão cheia de assuntos que eu não compreendo, alguns deles em mim. Nada que seja muito abalador, enfim. Mas há sempre o receio de no futuro eles incharem que nem balões e eu não saber como voltar a pô-los na forma inicial.

Isto tudo para dizer que eu gosto de filosofia e de emoção, de sentimentos. Debruço-me sobre eles durante algum tempo, embora conheça pessoas que conseguem atingir um nível de profundidade reflexiva e esclarecedora que eu invejo um pouco, ao passo que outras tão pouco se perguntam o que estão aqui a fazer ou porque é que acreditam nas coisas que acreditam (e se não acreditam em nada, pelo menos, que tenham pensado no porquê). Não querendo criticar essas pessoas, que pouco pensam, não são más pessoas por isso.

E isto tudo também para dizer que não me vejo a ser Eu por inteira sem ter Outros significativos em redor de mim, em particular Um outro especial. Nesse sentido, sou dependente de outra pessoa, e lembro-me de ser assim há já algum tempo. Pergunto-me se algum dia serei capaz de ser Eu inteira, sozinha.

Sem comentários:

Enviar um comentário