Ora bem, eu ando a começar a encharcar-me em literatura sobre a comunidade cigana, mas para já o meu conhecimento é muito reduzido. Isto porque vou fazer um trabalho com eles, a princípio. No timing ideal, que é o que se vive por agora em Abrantes. Eu digo a palavra "cigano" e gera-se um motim.
Por enquanto ainda não tenho muito conhecimento, mas sou bastante convencida para achar que o que vou escrever a seguir faz algum sentido. Eu percebo o porquê de a malta andar chateada com eles, mas não aceito este quase ódio colectivo. Eu já li imensos comentários e ouvi sobre o assunto. Todos eles negativos. Felizmente, lá vou encontrando uma ou outra alminha que me compreende. Começo a achar que eu é que faço parte da minoria maluca...porque a regra aqui é odiar ciganos...indistintamente. Não é aquele e aquele fulano, ou mesmo aquele grupo, não, são os ciganos no geral. Culpado ou inocente, não interessa. Levam todos por tabela.
Há p/ aí ameaças de formarem uma espécie de Ku Klux Klan ou de colocarem-nos numa espécie de campo de concentração. Isto é um tema delicado neste momento de falar, eu já comecei mesmo a escrever o meu testamento, eheheh, porque ainda me podem dar cabo do canastro...não os ciganos...os outros, que vêem esta parva a mostrar o lado positivo da comunidade cigana e não a bater com um pau na mão preparada para me juntar à guerra.
O que eu acho....ACHO...é que antes de falar raios e coriscos de um grupo de pessoas do qual não conhecemos nada tirando aquilo que é dito de boca em boca e as piores notícias...devíamos pelo menos fazer um esforço para conhecer tudo no seu geral...e tentar resolver a coisa da melhor maneira. Se eu defendo quem comete crimes ? Claro que não. Se a polícia não consegue dar conta do recado e gerou-se um clima de medo ? Talvez. Mas eu não consigo resolver o problema à batatada.
Mas pronto, isto sou eu que sou parola (mas teimosa e persistente). Acho que há gente manhosa em todo o lado. Nunca tive nenhum problema nem com ciganos, nem com negros, nem com gente de leste ou seja lá o que for. Curiosamente, os meus problemas foram sempre com a malta da maioria culturalmente dominante. Mas isso devo ser eu.
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