Considero este momento um acontecimento importante para Portugal. E também fiquei um pouco emocionada. Também concordo que ainda é um pouco hipócrita, quanto a mim a adopção era total, mas um passinho de cada vez, porque também há que acompanhar a mudança de mentalidade, que leva tempo.
Foi um pequeno passo mas bastante significativo para a mudança. Portugal ontem esteve de parabéns. Não corroboro com teorias da treta que referem que com tanta coisa mais importante para tratar, estamos a falar desta "anormalidade" (vindas estas teorias de quem vêm, eu tenho clara certeza de onde está afinal a anormalidade). Esta "anormalidade" faz tanto sentido ser discutida agora como outras.
E porque sou contra a homofobia e, portanto, contra comportamentos discriminatórios em relação aos homossexuais e porque faz-me mesmo muito sentido este "direito à indiferença", deixo também aqui este vídeo, que para mim é genial:
Estas já são assim tipo pipoca requentada, mas só agora é que tive paciência para as pôr aqui (e porque na altura só tinha meia dúzia). São da mesma altura em que tive a formação, há três semanas atrás (aaaah, bons tempos...).
São duas localidades que visitámos muito bonitas (como isto demorou imenso tempo a carregar as fotos, ficam só as de uma localidade - Sinaia). O Castelo em Sinaia é lindíssimo, quer de verão quer de inverno, com a neve. Não admira que o Príncipe feioso Carlos goste disto e tenha feito por cá umas comprinhas, entenda-se, compras de grandes propriedades. E ainda não conheço eu quase nada da Transilvânia.
A sair da estação de comboio, onde encontrámos um australiano a viajar pelo mundo que se juntou a nós (mas não é este da foto)
Eu tirei a foto à socapa, mas um japinoca foi lá pedir para tirar uma foto ao homem, que lhe fez logo o gesto de não.
A caminho do Castelo de Peleș
Comprei nestas barraquitas uma barra de mel e amendoim muita boa.
Já no mini bus atolado de gente e de tralha, a caminho de Brașov
Esta semana que passou foi um valente workshop informal sobre a importância da comunicação, cuja professora e aprendiz fui eu em simultâneo. Depois da experiência traumática do meu anterior estágio, onde sentia que vivia no período pré 25 de Abril, fazendo eu parte da resistência e do qual estou francamente aliviada por me ter livrado porque o disparate por lá continua, decidi investir tudo o que sei e aprendi aqui e com algum esforço e ultrapassando barreiras linguísticas, acho que ando a fazer com que a educadora comunique mais, que isto sem comunicação geram-se conflitos e depois é uma bola de neve se a coisa não for falada e não forem postos os pontos nos "i"s. Depois é ver a malta a arreganhar o dente e a puxar cabelos. Sugeri também que a "equipa" fizesse reuniões informais e que tivéssemos uns momentos que não tivessem que ver com trabalho, para nos conhecermos melhor e descontrair um bocado, porque isso depois também se irá reflectir no trabalho, espero eu. Esta 5ªfeira vamos ter a tal reunião informal, vamos lá a ver como é que a coisa corre.
Bom, só para ter uma ideia de como o húngaro não é mesmo pêra doce, aqui fica uma das músicas que a educadora canta com os putos e respectiva tradução do google.
Húngaro:
"icipici házikó
egyszer volt, hol nem volt, egy icipici házikó
icipici házikóban icipici ágyikó
ottan élt éldeget egy icipici lencsilány
icipici anyukával túl az óperencián
icipici lencsibabát ringattot anyuka is ezt csinálta s
boldogságban éltek ott
amikar este lett az icipici lányka félt icipici anyukája mondott
egy mesét"
Tradução manhosa do google translator:
"Pequena casa
Era uma vez, numa pequena casa
pequenininho pequena cabana ágyikó
éldeget definitivamente viveu em uma pequena lencsilány
minúsculo mãe está muito longe, muito longe
minúsculo lencsibabát balanço
mãe estava fazendo e eles viveram felizes para lá
amikar noite foi a pequena menina com medo
minúsculo mãe me contou uma história"
Pronto, isto foi só para dar um cheirinho. Ao menos agora já sei que házikó é casa, menos mal. A título de curiosidade, a dificuldade não se fica apenas pelas letras, mas pela forma como são pronunciadas. Por exemplo, o "a" geralmente lê-se "o" a não ser que tenha acento.
Nos entretantos, e por improviso, comecei a cantar esta música, bom, não exactamente esta que é a versão bonitinha, mas sim a versão do Mr. Bean e do amigo com os copos (do filme "Bean"), que os putos adoram. E como crocodile em húngaro é a mesma palavra, apenas com uma pronunciação diferente, os putos percebem. Já criei coreografia e tudo.
Bom, comecei o dia bem cedinho porque queríamos ir para Sibiu hoje, que dizem que é uma cidade muito tradicional romena, mas como estamos na altura da páscoa, batemos com o nariz na porta, por assim dizer, da estação de autocarros, sendo que não havia autocarro a circular para sítio nenhum.
Depois disto ainda tentámos os comboios mas eram mais caros e não havia horários de jeito, pelo que regressámos a casa, ou, no meu caso, fui para a casa dos outros voluntários e em menos de dez minutos estávamos a dormir novamente. Mas primeiro deleitei-me a ver televisão (é para aí a segunda vez que vejo televisão aqui) e a ver uns desenhos animados muito giros por sinal, em inglês, com legendas em romeno - maravilhoso.
Depois mudei para um canal tipicamente romeno que estava a mostrar as tradições da páscoa e as musiquinhas e adormeci no sofá de cabedal (estes gajos tiveram uma sorte do catano com a organização deles).
Mais tarde acordámos, fizémos mil e uma suposições sobre onde iríamos afinal até que nos decidimos simplesmente a ir ao aniversário de uma moça voluntária que fazia anos, que não era a nossa primeira opção, uma vez que não temos assim tanta confiança com ela e ela às vezes tem uns vaipes que assustam a malta, mas que no final de contas acabou por valer bem a pena.
Ela tinha preparado em casa uma mini festa, com direito a balões personalizados, cupcakes, bolinhos, bombons, canapés, frutos do bosque e champanhe (a malta da Islândia esmera-se).
Depois de enchermos o bandulho e de vermos que a moça até ficou feliz de nos ter por lá, ficámos à espera de boleia para ir para outro sítio. Enquanto esperávamos, um senhor decidiu borrifar-nos com desodorizante, que eu não percebi se era de homem ou mulher, mas fui eu a primeira a ser presentada. Pois é, esta malta na Roménia às vezes não joga com o baralho todo. E eu sei que existem malucos em todo o lado, mas tenho cá para mim que aqui a propensão da maluqueira é maior per capita. Já ontem também tive uma ocasião caricata com duas mulheres, que tenho mesmo que anotar algures como "peripécias na Roménia". Tudo isto é o que dá o toque de graça.
Posto isto, fomos fazer mais um picnic seguido de passeio pelo meio da natureza (e agora que penso nisso, não encontrámos lixo nenhum pelo caminho, o que é de louvar) e de trepar mais uns montes para ver a vista sobre Cluj.
Agora sim o tempo está ÓPTIMO
e eu super arrependida de não ter trazido mais roupa de verão
Nesta cidade há bares e restaurantes com mais pinta que as pintarolas
Gosto de tirar fotos às casas...Esta ficava a caminho da casa dos outros voluntários.
Tinha esta árvore, que em vez de ser de Natal, é da páscoa. A malta aqui curte à brava pintar ovos.
No aniversário da moça da Islândia, no qual me esqueci de tirar fotos da comida (que falha!), tirei foto a esta folha com a música da Laurindinha que dei a um dos venezuelanos, a pedido dele. Tem sido um furor esta música. Já a ouvi com sotaque espanhol, italiano e alemão. Tenho que fazer um esforço tremendo para controlar o riso.
Na decoração diz "Bine aţi venit", que significa Bem-vindo.
No picnic, com a panela...
Inicio da caminhada
Que bichos bonitos pá. Refiro-me ao da direita evidentemente.
Uma caveira de uma ovelha e aquelas unhas a darem todo um toque artístico ao momento.
A primeira vez que estivémos com mais romenos. Normalmente somos de todo o lado menos da Roménia.
A mesma fonte do início mas à noite.
Ainda não foi desta que tirei uma foto decente à igreja de noite.