Ontem, após ter arranjado coragem para falar com o "boss" pessoalmente sobre a situação que anda a causar desconforto no ambiente profissional, senti-me ainda mais confiante. Fico feliz quando compreendo as jogadas de outras pessoas, os discursos de imposição logo a seguir completados por vitimização e suborno psicológico. Pelo menos, eu assim o tenho considerado e não é costume enganar-me. Só me lembro de me enganar com pessoas quando os sentimentos me toldaram a razão. E embora nós sendo bichos emocionais (felizmente!) e não completamente racionais, é bom preservar a racionalidade e bom senso quando a situação assim o exige.
Depois dessa conversa, depois de ter marcado a minha posição, depois de não me ter deixado levar pela sedução e tentado ao máximo conseguir um diálogo e tentar uma conciliação, fiquei com um sorriso na cara e uma sensação espectacular de fortalecimento. Ainda sabe melhor quando compartilhada por quem partilha da mesma visão.
Neste momento, temos uma situação um pouco estranha, é certo, mas pelo menos os nossos direitos e a nossa liberdade estão asseguradas, que era o que queríamos e pelo qual lutámos. E eu antes "prefiro a liberdade com perigos [neste caso, incómodos] do que a escravidão tranquila".
Depois dessa conversa, depois de ter marcado a minha posição, depois de não me ter deixado levar pela sedução e tentado ao máximo conseguir um diálogo e tentar uma conciliação, fiquei com um sorriso na cara e uma sensação espectacular de fortalecimento. Ainda sabe melhor quando compartilhada por quem partilha da mesma visão.
Neste momento, temos uma situação um pouco estranha, é certo, mas pelo menos os nossos direitos e a nossa liberdade estão asseguradas, que era o que queríamos e pelo qual lutámos. E eu antes "prefiro a liberdade com perigos [neste caso, incómodos] do que a escravidão tranquila".
E, a propósito disto, e a propósito também do momento por que estamos a passar, ficam aqui também estes poemas que eu adoro, que me deu a conhecer o meu rapaz. São de certa forma bastante parecidos e merecem, quanto a mim, a nossa reflexão:
“Na primeira noite eles aproximam-se,
roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam o nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo o nosso medo
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada”
Vladimir Mayakovsky
"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Também não me importei
Agora estão a levar-me
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."
Bertold Brecht
"Quando os nazistas levaram os comunistas,
eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas,
eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus,
eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu.
Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"
Martin Niemöller, pastor luterano alemão, autor do poema “E Não Sobrou Ninguém”, sobre o Nazismo
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