quarta-feira, dezembro 05, 2012

O medo


O que eu adoro esta música (sobretudo da letra).
Como se adequa perfeitamente aos tempos actuais (e a outros passados e provavelmente a vindouros).
Devíamos ter menos medo e ser mais desobedientes, não desobedientes desregrados, mas sim inteligentes, corajosos e respeituosos. De que vale a crítica sem a coragem de enfrentar o que criticamos?

domingo, novembro 11, 2012

Por falar em eremita...

É isto.

Muita calma nessa hora


Hoje sinto-me como esta coruja. Hoje não, já ando a sentir-me assim há algum tempo. Substituo a palavra idiotas por gente doida. Gente doida rodeia-me de todos os lados. Será que sou eu a doida por não me adaptar ao sistema de doidos? Aos gritos, aos conflitos, ao stress, à rigidez, à paranóia?
Ná! Continuo a preferir respirar fundo, viver com calma, dentro do possível, e ir passear com o meu cão e ver os cogumelos silvestres.
Andamos todos um bocadinho parvos e preocupados demasiado com o que não importa assim tanto.
Já estive mais longe de me tornar eremita...Eu, que sempre gostei muito de estar rodeada de pessoas, começo a preferir estar rodeada de plantas. E de pessoas, só das poucas em que confio.


quarta-feira, novembro 07, 2012

terça-feira, novembro 06, 2012

A família Addams

O que eu me diverti a ver isto nesta semana do Halloween.
Ainda pensei em pôr uma peruca preta e um chapéu de bruxa para ver a reacção dos velhotes, mas com a preparação da Feira dos Santos não deu tempo. Além disso, não sei se eles iriam achar graça ou compreender a ideia da bruxa no 31 de Outubro. Uma vez fui para o trabalho vestida de tons escuros e uma velhota perguntou-me logo se tinha morrido alguém, portanto...



terça-feira, outubro 30, 2012

Pastelaria de domingo à noite

O bolo de noz...


E os cupcakes de noz e de chocolate....



Andava maluquinha para experimentar aquele pó de fadas brilhante comestível que alguns cake designers (pasteleiros vá) põem por cima dos bolos para os pôr a brilhar. TÃO giro. Aqui na foto não se nota lá muito bem (ou nada mesmo), mas é mesmo giro.

domingo, outubro 28, 2012

A bela Sintra...mais uma vez




Feira de Velharias.

Daquelas lojas que eu acho fofinhas em tudo, menos nos preços.

CM de Sintra, salvo erro

Uma libelinha (aos meus olhos, invulgar) presa numa montra de uma loja. Já estava a "panicar", coitada.

Flores Brincos-de-princesa. Um nome muito apropriado.


Árvores muuuito altas.


Uma parente distante da minha Lili. Fez-nos companhia durante algum tempo.
A caminho do Castelo dos Mouros.


Um calhau prestes a desabar sobre as nossas cabeças.




A cara de um homem. Devia ser mouro.


A névoa sobre a serra....que bonito.


Se isto não é uma beleza..

Apanhei um saco cheio delas.






Uma retrosaria gira e de bom gosto, infelizmente com um letreiro a dizer "Trespassa-se".

O edifício do hostel onde ficámos (People Hostel Sintra). Recomenda-se.

No interior do edifício.

O hostel.



O meu sonho


Gostava que isto tudo fosse possível, mas não através de proibições e censura/controlo social, como em alguns países.
Gostava que fosse possível, porque as pessoas entenderiam que assim seria muito mais agradável convivermos uns com os outros. Será que é possível?

Domingo

Hoje, por duas vezes, o meu subconsciente pregou-me uma partida.
Acordei em alvoroço às 7h30 da manhã e novamente às 10h, com o despertador e das duas vezes, fiquei em pânico ao pensar "Que horas são? F... queres ver que adormeci e já estou a faltar ao trabalho??"
Por duas vezes tive que falar sozinha e relembrar-me "Calma Carolina, é domingo...Lembras-te? Ontem foste encharcar-te em doces à feira de doçaria e à noite estiveste num bar cheio de miúdos da secundária. Tem calma, ainda não passou o dia de domingo, podes dormir mais um bocadinho."
Gostava muito que o meu cérebro conseguisse fazer a perfeita dissociação entre tempo de trabalho e tempo de não-trabalho. Já estou bastante melhor, é um exercício que faço continuamente.
Mas há certas coisas que por vezes não consigo ignorar...Nomeadamente um certo espírito feudal que envenena as nossas aldeias, alimentado pela submissão e ignorância do restante povo.
E esta dominação revela-se em tudo: nas juntas de freguesia, nos locais de trabalho, nas cerimónias religiosas, talvez mesmo nas conversas de café.
E quando reflicto sobre isto, mais uma vez me parece que os direitos que eu, enquanto mulher, trabalhadora e cidadã tenho hoje, não foram adquiridos pela vontade do povo mas talvez por vontade de algumas pessoas, citadinas ou rurais, que constituem uma minoria e conseguiram mudar as coisas.
Fico continuamente perplexa por ver que muitas pessoas não percebem que deveriam ter direito a mais liberdade e a mais respeito. Por ver a sua apatia, o acatar de ordens sem questionar, ficando-se apenas pelos comentários em sidebar. Fico surpreendida por não entenderem as entrelinhas e as chantagens baixas. Eu própria às vezes também sou ingénua, deve ser da idade. Mas a ingenuidade muda-se. A resignação não.
É por isto que eu agradeço, e não quero saber se isto parecer foleiro, aos antepassados e antepassadas que fizeram com que hoje tenhamos mais liberdade, que fizeram com que as mulheres percebam que têm direito à escolha e que não são escravas do trabalho doméstico só porque nasceram com um pipi...
Infelizmente, parece que ainda há muito trabalho por fazer em todos os campos.
Depois de tanta mudança e de tanta luta, continuo a ver mulheres que acham que têm a obrigação de trabalhar, cuidar dos filhos e da casa e que o marido pouco faz ("o que é que se há-de fazer?"), continuo a ver trabalhadores sem o menor poder de opinião sobre o que se passa na sua empresa/instituição, continuamos a ver-nos cidadãos, com pouco poder de decisão sobre aquilo que a nós diz respeito.
E isto tem que acabar.
Mas para isso também acho que temos que ser melhores, mais informados, mais respeitadores, mais abertos e menos centrados só no nosso ego. E nisso também considero que ainda temos um longo caminho a percorrer.

terça-feira, outubro 23, 2012

Versos populares

Um dos trabalhos que tenho estado a fazer ao longo do tempo com os meus velhotes tem sido a recolha dos versos populares.
Assim de repente, a título de exemplo, enumero estas três quadras:

"Quando o Rio Tejo está cheio
Vai de uma ponta à outra
Eu gosto da Maria
E não quero outra"

"Em Inglaterra fui feita
Em Portugal vendida
Se me prendem estou salva
Se me soltam estou perdida"
(esta é uma adivinha....resposta no final do post)

"Os Antónios são teimosos
São teimosos no namorar
Eu sou menina teimosa
Com um António hei-de casar!"

Estes são portanto, uma pequeníssima amostra do vasto rol de versos que aquele pessoal possui. Vai daí, após passar a limpo todos os versos até agora recolhidos (para posteriormente fazer um livrinho todo bonito com feltro e essas cenas da berra dos trabalhos manuais), fiquei inspirada e em menos de 10 minutos ocorreran-me estes:


"Eu não amo cidades
As vilas são o que prefiro
Se o betão fosse saudável
Faríamos dele o nosso retiro"

"Quem não conhece bem o campo
Não sabe o que é a paz verdadeira
Pois na beleza de uma flor
Está o segredo de uma vida inteira"

"Aos que duvidam sempre
Só tenho uma coisa a dizer
Quanto mais vocês duvidam
Mais força tem o meu querer"

"Abrantes é cidade linda
Outrora florida e bela
Só quem a conhece bem
É que sabe os defeitos dela"

Dá-me ideia que utilizando o termo "versos populares" podemos escrevinhar umas cenas a roçar a foleirice mas que têm muito mais valor porque são retrato de uma geração e de uma cultura. Quando eu for velhota, também vai chegar uma animadora socio-cultural ao pé de mim e dizer "Oh Ti Carolina, que versos tão bonitos que vomecê diz!".



Resposta: A agulha

terça-feira, outubro 09, 2012

A nossa casa


E pensar que eu comprei o dvd "Home" há três anos e ainda não o vi.

O que eu tenho estado a perder...

Fruta e chocolate

Vi isto no facebook e fiz a experiência. Tal como fiz aquela dos pedacitos de salsicha enfiados no esparguete, mas essa não gostei (talvez por não gostar muito de salsichas de lata). Mas esta ficou boa. Tivessem-me dado isto quando eu era mainova e talvez começasse a gostar de kiwi mais cedo.

Adoro estas misturadas. Adoro arte feita com comida (preferencialmente sem desperdiçar). Tenho saudades de ir a um casamento e ver aquelas obras de arte feitas na mesa das frutas. A última vez que vi isso foi quando trabalhei num restaurante em que os homens faziam isso in loco, no piso inferior do restaurante. Quem me dera ter memória fotográfica para me lembrar de como faziam, mas também não me dava tempo para os observar durante muito tempo. Eram coisas como esta:


Bom, para esta trabalheira não tenho paciência, mas em breve quero dedicar-me mais à incorporação de fruta nos meus bolos, de modo a torná-los um pouco mais naturais e um bocadinho menos calóricos:


segunda-feira, outubro 08, 2012

Um filme químico, natural ou assim-assim


Vi-o a semana passada. Sinceramente, não fiquei deslumbrada. É girinho, aborda um velho conceito de uma forma nova, mas não vai para o meu top 10.

este...vai direitinho para lá. Adorei. Um filme sobre o trabalho de uma Brigada de Menores em Paris, bastante (mesmo muito) realista. Um bocado caótico, complexo, intenso, muito bom.

Outro francês. Também recomendável. Tanto bom cinema fora dos EU e tão pouco valorizado.


Este já vem de lá. Tem o valor que tem porque relembra memórias de adolescente. 12 anos depois, já se nota que estão a ficar velhotes.

Também dos EU. Dos poucos filmes em que a Kristen se mostra como boa actriz. Dá-me ideia que a moça tem queda é para estas personagens. Recomenda-se.


Índia. Título em inglês: Every child is special. Filme lindo e maravilhoso.


Irão. Devido à minha memória de pardal, já não me lembro bem da história, mas lembro-me de ter gostado do filme, maneira que também se recomenda.

Líbano. Acho que já falei dele aqui. Um filme belo e intenso com uma banda sonora lindíssima que ainda hoje visita o meu mp3 com regularidade.

Brasil. Já o vi duas vezes. Muito porreiro.

Espanha. Gosto de bons filmes de prisão.

Viva o cinema internacional! Vivaaaaa!