sábado, dezembro 31, 2011

Os telejornais irritam-me

Os telejornais irritam-me. Nunca percebo bem a totalidade de uma notícia. Por exemplo, esta história da deportação da família açoriana está mal contada.

Ainda não percebi porque é que a família foi deportada! Porquê? É o governo canadiano que é interesseiro e lhes deu um pontapé no traseiro por já não servirem? Ou foi alguém da família que fez qualquer coisa que não lhes agradou mas que não se quer fazer saber? Hum?

Que raio de meios de comunicação são estes que só me dão metade das notícias? Ou sou eu que não sei procurar nos sítios certos?

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Anos 2011

O meu rapaz assou frangos (aprovados por unanimidade, creio eu), eu enfardei ainda mais do que tenho estado a enfardar e continuarei a enfardar (dia 1 de janeiro reeduco a minha alimentação à séria), tive oito pessoas à mesa a falarem mais tempo do que eu esperaria sobre electricidade... E no essencial estiveram cá os três "a"s importantes...amigos, alimentação (aka enfardamento) e alegria. Não poderia pedir absolutamente mais nada.

Uma garrafa de água quente fofinha (um dos presentes)




Nunca me tinha ocorrido usar os moldes das letras para isto. Há pessoas muito romélicas. :P
A canção de parabéns, ligeiramente alterada. Já não suporto a música tradicional (foleira por foleira, esta ao menos é personalizada e actual)

E os autógrafos no bolo...








Quem é que terá inventado esta coisa de se morder a vela debaixo da mesa? Oxalá se realize! Mas creio que o sr primeiro ministro não tornará a tarefa fácil!


No email prometi que haveria cavalos, anões, homens nuns e um bolo decorado. Curiosamente, ninguém me perguntou pelos primeiros três. Não querendo ser muito convencida, mas eu até promovo bons jantares. Pelo menos eu gosto de pensar que sim. Deixa-me muito feliz ver os meus amigos todos a conviver e à gargalhada. Inclusivamente os que se estão a conhecer pela primeira vez. Vamos lá a combinar mais jantares, que a minha pessoa adora jantares, convívio, essas coisas.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Alors on danse?

Adoro esta música.
E acho que se adapta aos tempos que correm.
Letra e tradução aqui.

Portagens

Hoje fui aos correios pagar as portagens, aos pulinhos, toda contente. Contente porque não sabia sequer que era nos correios que se pagava. Contente por ficar a saber que, afinal, quando receber a carta em casa, parece que já se paga o dobro. Contente por saber que a estrada que me era útil é a mais cara do país. Contente por mais dez euros me terem desaparecido assim da carteira, num ápice, para as estradas de Portugal. Não sei que dizer.

Apetece-me enviar o recibo de volta, pelos correios, para as Estradas de Portugal, juntamente com um pirilau desenhado por mim.

Mas como sou uma pessoa adulta não vou fazer isso. É feio devolver algo que nos foi dado. Por isso, vou-lhes enviar só o pirilau.

O meu bairro é a minha cara


Sim senhora TVI, agora gostei de ver. Gostei muito.
Primeiro uma reportagem sobre a iniciativa "O meu bairro é a minha cara", na Musgueira (Alta de Lisboa).
E depois mostraste-nos como os imigrantes passam o natal. Aproximaste-nos.
Já me consegues pôr emocional, sem me arrancares a emoção à força, sem teres a musiquinha do Rodrigo Leão por trás. Muito bem.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Presentdjis dji natau e niver (actualizado)

O Natal é a altura mais consumista do ano, é verdade. Mas eu gosto de prendas (de dá-las e de recebê-las), que se há-de fazer. E como dois dias depois do Jesus, sou eu que faço anos, tenho que aproveitar a maré.

Por mim podiam-me oferecer prendas no resto do ano, mas se eu pedir presentes nos outros 363 dias, os meus familiares e amigos fazem-me um manguito.

Assim sendo, cá fica a minha lista de desejos de presentes deste ano (natal e anos):

- uma botija de água quente bonita

- Dvds do HP que me faltam para completar a colecção (mas com capas originais, não aquelas de colecção manhosas):
     - HP e Cálice de Fogo
     - HP e o Príncipe Misterioso
     - HP e os Talismãs da Morte (1 e 2, sobretudo o 2!!)

- um queijo da serra (apetece-me)

- uma base (nada dos chinocas)

- 2 bilhetes para os estúdios do HP em Leavesden, na Inglaterra (custa apenas 28 libras, + o avião). Só abrem em Março, por isso dá tempo de irmos todos fazendo uma vaquinha ;P

Livros:

- Os contos de Beedle, o bardo, de JK Rowling
- “A minha sala de aula é uma trincheira”, de Bárbara Wong
- “O professor e a Caverna de Platão”, de Carlos Ceia
- "Psicanálise dos contos de fada"
- Livros sobre Sociedade/Comunidade, Psicologia, Família, Política ou Economia (por esta ordem de interesse, leituras agradáveis e compreensíveis)
- Livros do Saramago (excepto Ensaio sobre a Cegueira, Pequenas Memórias, Intermitências da Morte e Todos os Nomes)

- Livros do Daniel Sampaio
- Livros/revistas de bolos decorados


- Roupa que me deixe uma beldade


- um bom creme hidratante para as fuças (pele mista) e um desodorizante daqueles caros (dos que são tão bons que são deo + perfume, ao mesmo tempo);

 
- uma mala de viagem (com rodinhas, daquelas que também dá para levar de lado)

- bijuteria artesanal bonita (tipo isto ou isto ou isto ou isto ou isto, esta gaja faz cenas muita giras) 


- um mp3 (o meu está pelas horas da morte), pode até ser um que vi na televisão que era mp3 e relógio ao mesmo tempo, um espectáculo.

- camarões


- um jogo de xadrez (ou outro jogo assim jeitosinho, que não seja trivial pursuit ou o monopólio. Mímica, por exemplo)

- uma carteira (como esta ou esta), gordinha e simples, como eu.

- Um contrato de trabalho satisfatório e cujo/a chefe não seja uma besta (este aqui é sem dúvida o mais importante e o mais difícil)


- um manto de invisibilidade

- um estúdiozinho ali para os lados da Lapa

- uma caixinha artesanal para pôr a bijuteria, com divisórias (olha que coijas tão bónitas: esta, ou esta ou esta)

- o bloco de notas da Joana Vasconcelos


- bilhetes de avião para um destino à vossa escolha (sim, podem-me mandar para a China, que não me importo)



Ena, afinal quero uma data de coisas. Tanta escolha!

sábado, dezembro 17, 2011

Leilões

Se há coisa que gosto na internet é dos leilões.net (quem me dera que me pagassem sempre que eu faço publicidade de algum produto ou serviço que goste). Disso, e dos sites de compras internacionais. Não é que os utilize com frequência, mas em certas alturas dão muito jeito.

Como por exemplo, agora, na época natalícia. Como não suporto andar em centros comerciais nem em lojas nesta altura do ano, compro por aqui. Já o ano passado também comprei uma prenda para a minha mãe. E este ano comprei duas (até agora). Poupa-me tempo e paciência (e em muitos casos, dinheiro). E até hoje nunca tive razão de queixa.

Dá também bastante jeito para encontrar produtos que eu não encontro de maneira nenhuma, como por exemplo um livro que ofereci ao meu rapaz (ora vide aqui qual foi), que depois de calcorrear Lisboa inteira, tudo o que era livrarias e alfarrabistas, lá estava ele, à minha espera, nos leilões.

Ah, é incrível como eu vou para escrever um post sobre uma coisa e depois ponho-me a divagar.
Isto tudo porque entretanto, nestes sites, encontram-se coisas engraçadas como esta.
Ampliadores de mamilo? para homem? mas para quê?

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Rien de rien



Esta senhora é que a sabia toda.

E imitá-la cantar os "r"s? Nem o Louçã faria melhor.

Porrada

Eu sou uma pessoa calma. Raramente alguém me viu a perder as estribeiras ou a tomar uma reacção demasiado impulsiva. Mas isso não quer dizer que eu não fique a fervilhar cá dentro, com vontade de esganar alguém ou pôr-lhe o botão do mute, quando me chateiam a braguilha sem razão.

Há duas pessoas a quem eu vou deixar de atender o telemóvel. Tá decidido. Não me enganam mais vez nenhuma. Querem chatear? Vão chatear a vossa mãezinha. Se não soubesse, ainda acharia que fazem de propósito, porque decidem ligar-me no mesmo dia, uma à tarde, outra à noite. Se eu acordar bem disposta, é bom aproveitar essa janela de oportunidade, porque ela vai-se fechar.
E têm as duas uma pontaria desgraçada que é quando eu estou mais vulnerável que pimbas! toma lá morangos. Queres o quê, mimos? Porradaaaaaaaaaa! E se respondes, ainda levas mais.

Acho até interessante partilhar aqui alguns excertos de um dos últimos telefonemas. O interlocutor dizia assim "Eu até estou a falar contigo com calma, como tu gostas..." (uma calma dissimulada entenda-se). E eu pensava cá para mim: pois é, que florzinha de estufa que eu sou, o resto da malta gosta que lhe falem é à bruta.
Desta vez já mudou o esquema e diz "eu tenho que falar contigo à bruta que é para te espevitar". A sério? Só agora? Por favor, tenho eu andado aqui fora da linha há que tempos, já a roçar a delinquência, e só agora é que me dá tau tau? Pffff, tenrinhos.

Portanto, o meu lema a partir de agora é "não os consegues vencer, ignora-os". Mas ignora-os mesmo.
E se parecer que eles amansaram e melhoraram a forma de interagir, não te deixais enganar! São eles a vestir a pele de cordeiro, mas quando tu menos esperares, ZÁS, já te estão a esfolar a paz de espírito outra vez com garras afiadas.

Cuidado, muito cuidado. Eles andam aí. E estão bem pertinho de nós.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Precário/a precisa-se

Tenho andado num frenesim à procura de emprego, que só nas últimas 24 horas mandei 15 emails a enviar curriculos e cartas de apresentação e o diabo-a-sete.

Entretanto, deparei-me com este anúncio muito bem feito. Ora vejam:

« Precário/a precisa-se

Somos uma empresa de topo e esperamos atrair mais um membro indispensável para a nossa equipa.

Apresentamos todos os anos grande crescimento graças aos baixos salários que oferecemos. Acreditamos que o lucro mal distribuído é a chave do sucesso da nossa empresa.

Requisitos:

Pessoa competente, trabalhadora, obediente, com vontade de trabalhar, com orgulho em fazer parte da nossa equipa e que aceite as condições de trabalho seguintes:

- Ausência de contrato;
- Pagamento através de Recibos Verdes;
- Baixa remuneração;
- Sem direito a segurança social ou IRS;
- Sem direito a qualquer tipo de subsídio;
- Pagamento ocasional, sendo este efectuado com o valor que eventualmente sobrar da distribuição dos lucros pelos altos cargos;
- Aceitação pacífica da sua dispensa, sem qualquer aviso prévio, quando não necessitarmos mais dos seus serviços.

Caso isto seja o que NÃO procura num emprego, visite-nos:

www.maydaylisboa.net »

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Quero ir para a ilha


Eu e o meu rapaz andamos cá com essa ideia. Vamos ver. Vontade não me falta. E impedimentos também não vejo muitos. O meu maior impedimento até agora era psicológico. E esse está a ser ultrapassado.

Memorando 2

É a última vez que deixo uma velhota passar à minha frente com ar de sonsa. Ainda para mais quando vai aviar quatro receitas médicas. E não importa que toda a gente na farmácia a conheça. Acabou-se.

Já se percebeu que tamborilar com os dedos na bancada e lançar-lhe olhares mortíferos não resulta (olhar à super-homem, onde estás tu quando eu preciso?), que elas fazem uma cara de coitadinhas.

Como dizem os americanos, pissed off, é assim que estou hoje. Não só por causa da velha, embora ela também tenha ajudado. Vou fazer um download de um jogo qualquer em que se dá porrada a muita gente, para desanuviar.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Memorando:

Carolina, não tragas o carro para o centro de Lisboa! Vou repetir, não tragas o carro para o centro de Lisboa. Ler lentamente, soletrando cada letrinha.

Apenas depois das 22h e ainda assim se tiveres um compromisso, esquece o estacionamento. Deixa noutro sítio e vai a pé ou apanha o metro. Já percebeste agora? Ou é preciso fazer-te um desenho?

Sem abrigo, sem amor

Numa destas noites frias, demorei mais tempo a adormecer. Na minha cabeça pairava a imagem de três pessoas: o senhor que vi a dormir de sandálias e sem cobertor na Almirante Reis; o senhor que passou por mim na estação de Santa Apolónia com um casaco de tamanho muito inferior ao que precisava e a senhora que está muitas vezes sentada debaixo das arcadas do Museu Militar.

Penso muitas vezes nesta senhora, talvez seja pela frequência com que a vejo, talvez seja pelo facto de ser mulher, ou talvez seja pelo facto de estar quase sempre a sorrir. Causa-me uma estranheza enorme vê-la a sorrir. Não porque ache que ela não deva sorrir, mas porque desconheço o motivo porque sorri.

Enquanto pensava neles, considerava o facto de ter os meus lençóis quentes, a segurança da minha casa e o calor do corpo do meu namorado ao lado. É que talvez o maior problema de ser sem abrigo talvez vá além do não ter abrigo, é mesmo o não ter amor (a propósito disto, gostava muito de ler este livro).

Quando me dizem que Lisboa é linda, eu torço o nariz e abano a cabeça. Como é que uma cidade pode ser linda quando temos tantas pessoas sem abrigo?

Como é que podemos dizer que somos um país evoluído, se nem aquilo que é mais básico conseguimos proporcionar aos outros?

Enfim, haveria muita coisa a dizer sobre isto. Mas não vale a pena estar para aqui a activar os canais lacrimais, que isso não vale de nada.

Vale mais arregaçar as mangas e fazer qualquer coisa. Em primeira instância, podemos dar sacos-cama ou oferecer presentes (são duas acções neste momento divulgadas pela Casa). Eu vou lá esta semana. 
Em segunda instância, e de modo a promover a mudança social e não apenas a remediar, existe o programa Casas Primeiro, que, segundo consta, tem tido uma taxa de sucesso muito satisfatória.

Por acaso estou a publicar isto perto do Natal, mas é só por isso mesmo: por acaso. Um senhor que já foi sem abrigo disse-me que "o Natal é a altura mais hipócrita do ano". Quanto a mim já fico contente se cada vez mais pessoas se preocuparem e quiserem fazer mais qualquer coisa. Se a malta só se lembra no Natal, isso é que já não pode ser.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Juventudes

Estava a pensar que, no ano de 2012, um dos meus planos seria participar em reuniões de cada Juventude partidária, até da popular, só para reunir umas observações. Por outro lado, pensei também na frase que o meu rapaz costuma dizer, que é "não preciso provar veneno para saber o efeito que tem".

Pensando bem, há coisas mais interessantes para fazer.

Pavilhão Chinês


É só para avisar que se porventura não conhecerem, e quiserem ir a um espaço agradável e diferente, mas não se importarem de vender o corpinho a um dos empregados para pagar a conta, o sítio é este.

Mais um boleinho!



A imagem não é das melhores, mas o bolinho é giro. Fiz para uma pessoa muito importante para mim que é a D. Lena, que foi vovó há 2 meses.

E eu hoje troquei pela primeira vez uma fralda a um bebé! Era só xixi, ah, fraquinho.

Já estou pronta para mais bolinhos, vá lá ver, freguêsezzzzzzzz! É só dar uma apitadela.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Excertos de Conversa das velhotas

  
Velhota 1 - Ainda fui ao Aquaroma, não vos vi, então disse cá para mim, vou ao outro café, vocês não estavam lá. Fui comprar bananas.

(Falam sobre o tempo, que está frio)

Velhota 2 - Mas já comprou as empadas?

Velhota 3 - Eu hoje para o meu jantar tenho canja...canja, uma banana e um iogurte, ainda não sei bem.

Velhota 1 - A minha sobrinha no outro dia diz assim "Oh tia eu gosto de si de paixão".

Velhota 4 - Dou-lhe a minha palavra de honra. Os meus filhos não têm nada disso.

Velhota 1 - Oh filha, oh Jó, não diga isso. Mãe é mãe. Eles não exteriorizam os sentimentos.

Velhota 3 - Mas o ciúme é uma demonstração de amor. Uma pessoa não liga nenhuma a outra, é porque não tem ciúmes.

Velhota 1 - Quando se faz análises, deve-se fazer a tudo. Deve-se fazer a tudo, não é só a uma coisa. Ele comia muitos doces não era?

Velhota 1 - A Fernanda diz que vai arejar, está cheia de calor. Vai arejar, está cheia de calor, cheia de calor.

Velhota 1 - Oh filha, faz-te nova! Olha a Hermínia, até assobia!

Velhota 3 - Até assobia!



(Se podia estar no café a fazer o powertpoint da tese, podia, mas achei mais interessante a conversa das velhotas).

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Uma espécie de Ugg

Se aqui há dois anos atrás, fosse com isto para a rua, achariam que era maluca e que me tinha esquecido de tirar as pantufas. Hoje em dia é um 2 em 1. Já não me queixo mais de pés frios.

10 euritos :D

Flounder

Eu bem tentei fazê-lo em massapan...

Mas saiu isto...


Vendo pelo lado positivo, estava saboroso...

O meu primeiro gif...tão bónito.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Os putos

Hoje fui acompanhar uma colega que foi buscar os miúdos do meu antigo trabalho à escola. E depois em conversa com outro colega, confirmamos mesmo a hipótese de que os putos são um antidepressivo natural (ainda que temporário), e que o tempo com eles não decorre com a mesma velocidade.

Quando ía a caminho da escola, era vê-los a trepar as vedações para me dizer olá e eu a correr a dar-lhes umas beijocas e uns passou-bens. E os que saíam àquela hora, era vê-los a correr na minha direcção, pareciam mesmo um bando de pardais à solta, com mochilas às costas. 

Dar beijinhos a miúdos às vezes é caricato, eles ainda não têm automatizado o ritmo do virar a cara para um lado e para outro (e ainda bem), mas são extramemente espontâneos no que toca aos afectos (às vezes também abusam, é verdade, mas ainda assim...).

Nem me apercebi, até àquele momento, que tinha saudades deles, mas ao vê-los, parecia que alguém me tinha injectado uma energia positiva do catano na corrente sanguínea. Tive pena de não poder abraçá-los convenientemente (que isto de dar abraços através de redes até se pode tornar engraçado mas não é muito prático). E aos que me conhecem juntam-se sempre outros que metem conversa ou ficam simplesmente a olhar para mim. Suponho que eles pensem "bem, se eles gostam dela, então vamos lá também!".

Os putos...os putos...
Como dizem muitas mães, "eles dão cabo de nós, mas são o melhor que nós temos."

Srs Agentes da Autoridade

Eu sei que vocês têm que manter o respeito e a credibilidade. Mas um "boa tarde" antecipando "os seus documentos e da viatura" ficava bem, e um "por favor" também. E porque não até um sorriso? Eu sorri-lhe, e até estava com um ar jovial, podia-me ter sorrido também (um esgar ao menos?). Eu já nem peço um "obrigado" porque sim senhor, é meu dever enquanto cidadã mostrar-vos que tenho tudo em ordem. E eu acho óptimo que façam cumprir as regras, desde que justas (e já agora, façam com que elas se cumpram junto de TODOS os cidadãos).

Não fosse eu estar seguríssima de que tenho tudo em ordem, começava logo a ficar com um suor frio depois de esperar um momento de silêncio duradouro e depois ouvir um "então e o colete e o triângulo?" (com um tom um bocadinho estranho).

Porque vejamos, se eu vos vejo horas antes a entrar na oficina onde estou e oiço um fod*-** aqui e um car**** ali, também tenho direito a um bocadinho de simpatia quando vocês me fazem parar o carro para vos mostrar os documentos...Ou não? Não vos custa nada e tornam a relação mais agradável. Vocês é que ficam a perder.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Vegetarianismo

Uma vez, uma amiga minha vegetariana (que não sei por onde anda neste momento), disse-me que às pessoas que querem ser vegetarianas, ou que pensam sobre o assunto, custava-lhes mais comer carne do que comer peixe, porque os porcos e as vacas são mais fofinhos do que os peixes.

Eu acho de maneira diferente, e tem a ver com o facto como os bichos chegam até nós. Enquanto que a carne chega normalmente aos bocados, muitos dos peixes nas peixarias estão inteiros. Quando eu como um bife ou uma perna de frango, não tenho dois olhos a olhar para mim.
Hoje, antes de pôr a grelhar as douradas que tinha temperado com sal e rodelas de limão, dei por mim a olhar para elas e a pedir-lhes desculpa mentalmente. E depois lembrei-me do peixe que aparece logo no início do filme d'A Pequena Sereia, que se safa das mãos dos humanos e volta ao mar, aliviado e feliz.

Já pensei e repensei várias vezes se me deveria tornar vegetariana. E tornaria. Mas vegetariana a sério, sem comer bicho nenhum, que para mim, a vida de um cabrito vale tanto como a de um salmão. 
Mas não sou.
Cheguei à conclusão que o meu maior problema talvez não seja comer carne ou peixe. Quando eu morrer, os bichos também me podem chupar até aos ossos, que me é indiferente. 
O que eu não gosto é da forma como os bichos são tratados nos aviários e nos matadouros. E é por isso sim que devo lutar.

Até lá, já reduzi o meu consumo de carne (quando a minha avó está por perto é que se torna mais complicado), porque a quantidade de carne que comemos actualmente é demasiada para o que precisamos.
E pronto é isto. E agora que acabei de comer posso dizer:

Se podia comer só as batatas, as cenouras e os brócolos, podia...mas não era a mesma coisa.

Júbilo

O Cake Boss voltou!!! YEEEEEEEEEEEEEEEEiiiiiiiiiiii!
(não sei se ele voltou ou se eu é que não tenho visto televisão e por isso não tenho reparado, não importa)

Já tinha saudades da família de italiano-americanos, gordalhufos e supersticiosos. E do chefe que tenta ser chefe mas que é um cãozinho quando a mãe ou uma das irmãs se aproxima e dá o seu bitaite sobre os bolos.




E eu também vou fazer um bolinho bonito este fim de semana :)

segunda-feira, dezembro 05, 2011

No nosso tempo é que era bom I

Estava a fazer zapping e deixei-me ficar no Disney channel só para ver os anúncios aos brinquedos. 

3 notas:

1ª Os brinquedos e os anúncios não têm tanta piada como os dos anos 90, claro.
2ª Os putos que fazem os anúncios continuam a ser estrangeiros, mas o som que sai dessincronizado das suas bocas continua a ser português.
3ª O Pedro Granger não dava voz a todos os anúncios de brinquedos para rapazes.

Cá estão os bons exemplos:
E a sua música inesquecível.
Tenho este, é magnético. No bom tempo em que as Polly pockets ainda tinham tamanho para serem facilmente engolidas (eu nunca engoli nenhuma).
A minha barbie favorita, a aeróbica. Era a única que se dobrava toda. E trazia uma cassete com músicas repetitivas mas muito giras.
Playmobil no hospital (também tenho).
Estereótipo de género, by playmobil
Sky dancers
Um carro telecomandado do meu primo que cobicei secretamente. Por ter nascido com pipi, nunca ninguém me ofereceu. Na verdade, eu não queria saber do carro. Eu só achava fascinante pôr um objecto a mexer-se, à distância.
E a cereja no topo do bolo...Os nenucos que faziam xixi e cocó (os que faziam cocó eram os mais desejados). Eu só tive um que fazia bolhas quando se apertava o braço, já não foi mau.

Mobilidade ferroviária - uma espécie em extinção

Parece que os nossos governantes se esqueceram de que existe mundo para além das principais cidades. E estão ainda com pior memória que eu, pois esquecem-se que as pessoas não têm poder de compra para andar de carrinho por todo o lado, como eles fazem.
Esta ênfase no carro e no petróleo, em vez de se apostar nas ferrovias e na qualidade do serviço na CP, não, andamos para trás, como os caranguejos.
 
Depois de ler este post, lembrei-me que tenho que enviar um email à Refer (calculo que seja à Refer) para mostrar o meu desagrado. Depois de darem cabo das estações do Alentejo, cheira-me que o Ribatejo é o próximo.

Já é a terceira vez que venho de Lisboa para Alferrarede e quando chego, parece que cheguei a uma vila fantasma. Apesar de saírem bastantes pessoas neste apeadeiro (que já foi estação, mas até aí eu nem me queixo), a estação está completamente às escuras, a única luz que existe vem dos dois ecrãs (que demoraram meses até estarem a funcionar, e quanto a mim, não têm grande utilidade), que por terem um fundo preto, também não iluminam grande coisa.

Do lado de fora da estação, os lampiões estão todos apagados. Não fosse eu conhecer esta zona e ainda me sentir segura por aqui, ainda seria pior. A mensagem que tudo isto transmite é "sim, vocês acabaram de pagar 7.90 com cartão jovem por um regional, mas nós estamo-nos marimbando em vós. E dêem graças por ainda terem esta estação disponível.".

Irrita-me que só haja uma entidade a monopolizar os comboios. Devia haver duas, talvez houvesse mais respeito pelos clientes. Escreve a pessoa, que, tal como muitas, chegou tantas vezes atrasada ao destino, teve que levar com comboios suprimidos, e, por não poder reclamar o dinheiro a não ser que o comboio se atrase meia hora (portanto, se se atrasar 28 minutos, paciência), teve que pagar táxi que lhe custou mais do que o comboio, para poder chegar ao destino em segurança, porque entretanto perdeu o comboio seguinte.

Fados

Parece que cantar o fado é semelhante a dar um espirro...É impossível fazê-lo de olhos abertos.

Agradecimentos da Tese

"Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, ao Professor José Ornelas, pela orientação desta dissertação, pela exigência e por nos ter mostrado a Psicologia Comunitária.
Em segundo lugar, gostaria de agradecer à escola e comunidade de S. Facundo, por me terem recebido tão bem, por inclusivamente me terem ajudado na aplicação do instrumento, e por outras coisas que, mesmo não directamente relacionadas com a tese, foram essenciais. Sem o vosso apoio, este estudo também não seria possível.
Gostaria também de agradecer à Associação Palha de Abrantes, especificamente à Lurdes, por me ter proporcionado uma experiência, que acabou por resultar neste trabalho, por me ter orientado para um tema importante que precisava de ser realçado e debatido.
Gostaria também de agradecer a outros professores que, ainda que por breves momentos, contribuíram para a elaboração do meu trabalho, tais como a prof. Maria João Moniz, a prof. Maria João Gouveia, o prof. José Morgado e o prof. Carlos Lopes, pela disponibilidade, conselhos e materiais. À prof. Maria João Freitas, também quero deixar uma palavra de agradecimento pelo afecto e preocupação que demonstrou para connosco e pelo apoio nas dificuldades com o estágio.
Quero agradecer ao Nuno, pelo amor, compreensão e paciência de Jó, por ter estado sempre ao meu lado neste ano cheio e conturbado, e por muito mais.
Quero agradecer à minha família o apoio económico e moral, em particular à minha avó, por ser um exemplo de luta e perseverança e à minha mãe, por sempre acreditar em mim.
À Carolina, pelo apoio ao longo destes cinco anos, provavelmente sem ele, não teria sido capaz de chegar hoje onde cheguei e continuarei a chegar. Ou talvez o conseguisse, mas de forma muito mais dolorosa. E ao Tiago, pela sua importância na minha vida e pelo apoio e companhia durante os primeiros anos em Lisboa.
À Ana Luísa, Bruno, Diana, Sandro e Pedro P., pela amizade e por ouvirem os meus desabafos sobre a tese.
E visto que esta tese fala sobre a importância do sentimento de comunidade na escola, quero também agradecer às pessoas importantes que fazem parte da comunidade ispiana.
Quero agradecer à minha turma de Psicologia Comunitária, em particular ao Luís, à Cristina e à Cyntia, companheiros de viagem e outras aventuras académicas. Em especial, às CC’s, pelos vários momentos de diversão, desabafo e reflexão, no fundo, pela amizade.
Ao Pedro, Marisa e Mariana, por terem sido o meu grupo de trabalho (dis)funcional e divertido da licenciatura, sinto que vão continuar a ser o meu grupo, mesmo que os nossos caminhos se afastem. Aos outros amigos, colegas e professores importantes, às pessoas simpáticas dos serviços e ao pessoal do café “Novo Conceito”.
Todos vós contribuístes para o meu sentimento de comunidade no ISPA, que foi tão importante para que eu não me sentisse tão perdida numa cidade por vezes tão hostil."

Sobre a Cátia

Ainda não conhecia a personagem, apenas a maravilhosa representação do Manuel Marques na Casa dos Degredos, mas agora que a vi...só me dá vontade de enrolá-la numa toalha, levá-la para a minha casa e só a deixar sair quando ela tivesse consciência de si própria. A ser verdade o que ela demonstra ser, parece-me um chamariz para as pessoas erradas.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Brrrr...

Só se dá o real valor à água quente em tempo frio precisamente quando...ela falta!!

Tese report IV - The epic finale


Pronto, acabou-se! A parte escrita já foi entregue. Acho que ainda estamos meio dormentes. Pela falta de dormir e pelo excesso de informação na cabeça. Mas é verdade, está feito. Ufa.
6 teses, cada uma com 100 páginas, + 6 cds, menos dinheiro na minha conta, mas mais sanidade mental.

E para tornar a coisa assim mais cósmica e soberba (que não foi propriamente assim, mas se não dermos um bocadinho de magia ao que é quotidiano, a vida perde a piada), aqui fica uma música bonita, que poder-se-ia assemelhar ao processo de escrita da tese.

Começa suavemente, mal se dá por ela, e depois vai ganhando forma, num crescendo emocionante, até chegar ao clímax, o final.
Claro que a tese não teve esta componente fantástica. Mas faz de conta.

(E agora é esperar por janeiro até saber quando será a defesa oral. É melhor nem pensar muito nisso.)