segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Engolir sapos

Sinto-me como este puto, tal e qual.

Domingo, primavera

Cheirosinhos e sumarentos.

Ameixoeira em flor.


A minha gata a coscuvilhar o vizinho

Miau, disse ela.

Tão linda.

Adoram-se, não vivem um sem o outro.

Yummi!

E se nós fôssemos como as galinhas e olhássemos uns para os outros de lado?

Couves, muitas couves.

A laranjeira e a auto-estrada lá à frente.

Outrora lar de coelhos (coisas da minha avó), hoje luta contra a gravidade.


É tão bom poder ter um quintal onde estar num domingo de sol, sem barulho, sem poluição, sem prédios à volta.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Uma paixão reencontrada

Acesso de futilidade II

Não costumo achar grande piada ao estilo vintage. Uma vez fui ali a uma loja na baixa de Lisboa que se chama A outra face da Lua (ou algo parecido) e vi um sujeito com umas calças verdes -alface justinhas, uma camisola de lã com uma imagem qualquer natalícia (parecida com a que o Mr.Darcy usou, no filme da Bridget Jones), barba e óculos, também à anos 60. Pus a cabeça de lado como os cachorros fazem, observei-o enquanto punha as roupas nos suportes e pensei "o fulano sente-se confortável assim?" Mas pronto, gostos não se discutem.
Curiosamente, destes até gostei (só não gosto das poses)...
Este tirava-lhe as bolinhas. Bolinhas prateadas só se for de açúcar.
Este talvez não utilizasse, mas acho bonito de qualquer forma.
Tirados daqui.



Tertúlia

A não perder.

Curiosidades acerca do Hinduísmo

1. As vacas são sagradas, símbolo de purificação. Basta tocar-se numa que se fica purificado. E tem o mesmo efeito se nos esfregarmos com o xixi e cocó da bichinha (verdade). Quer dizer, no texto não diz especificamente "esfregar", mas diz que são agentes de purificação.

2. O sistema de castas é uma estupidez.

3.  Existem três divindades principais: Braman (o criador), Vishnu (o fofinho) e Shiva (o badguy, mas que também é bonzinho).
Krishna é uma das revelações (formas personificadas) de Vishnu. Eis um pequeno excerto interessante: "Especialmente popular é Krishna, adorado como o omnipresente senhor do mundo. Costuma ser retratado como um pastor de ovelhas, e suas aventuras eróticas com as pastoras são interpretadas simbolicamente como o amor de Deus pelo homem." (Nem eu interpretaria de outra maneira).
4. Se quiserem saber mais sobre o termo "avatar", é pesquisar o Hinduísmo.
Bom, tonteiras à parte, é sempre muito interessante conhecer a história das religiões. Bendita a hora que nós, turma e cara professora de seminário de estágio, nos lembrámos de fazer umas sessões de partilha de religiões. Cada um apresenta uma...eu escolhi esta porque como estive a fazer voluntariado com crianças indianas (ou monhézinhos junior), fiquei com curiosidade de conhecer melhor a religião deles.

Implicância

É a palavra que eu tenho para descrever a relação que tenho com este senhor. O homem representa magnificamente dois papéis: o de besta (como o Duende no Homem-aranha, ou o mal amado do Paciente inglês) e o de pseudo-intelectua-culturalóide-chato-pa-caraças. Fui ver o filme "A Poeira do Tempo" e passei a maior tempo a olhar para as colunas do cinema e para o que estava à minha volta. Não há pachorra. Portanto, oh William, tu até podes ser um rico mocinho, mas não há quem te aguente.

E agora para terem um soninho descansado...

Hasta.

...

Esta mania de sair do banho, ficar de toalha no corpinho e vir para o computador tem que acabar. Depois o teclado cola-se-me às mãos e fico a aqui a rapar briol.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Tarte de limão...especial


A tarte é especial por dois motivos. Primeiro, porque eu teimo, seja por teimosia mesmo, seja por preguiça, em não seguir as receitas de doces à risca e depois a coisa não fica tão saborosa como é suposto.
E também é especial porque seria suposto estar ali um símbolo todo bonito dos Talismãs da Morte. Só que como a esperteza persegue-me, mas eu sou mais rápida, estão lá os elementos, só que ao contrário. Mas o que conta é a diversão.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Coisas de miúdos

Eu gosto de cachopos. E curiosamente passei a ser tia emprestada de 11 (oh yeah). Desses 11, estou mais particularmente com dois e, embora não se perceba, fico toda babada com eles. Até sinto um certo efeito ressaca quando me venho embora. Brincamos, tiramos fotografias, leio-lhes histórias, é uma alegria.

Mas por vezes fico surpreendida com os conteúdos que os miúdos já dominam hoje em dia. Dominar talvez não seja a palavra certa, mas lá que as sabem, sabem. Eu só aprendi a minha primeira palavra mais javardola no 5º ano e mesmo assim não percebia ao certo o que significava. Ou sou eu que estou a recalcar alguma informação, ou no meu tempo as coisas não eram bem assim.

Ontem oiço uma pequena a dizer "O T. é parvo, disse que queria fazer uma coisa comigo". Claro que lhe perguntei o que era e ela segredou-me ao ouvido "ele disse que queria fu... comigo". Ela teve a gentileza de separar as sílabas por cerca de dois segundos, para não parecer tão mal. Eu limitei-me a dizer algo como "ai sim?" e a tentar-me imaginar com sete anos e qual seria a minha reacção ao ouvir tal declaração romântica.

Definição

Este blog nunca teve título definido, acho que nunca terá. Mas, de qualquer forma, não fazia muito sentido que o link do blog fosse olhaotravez.blogspot. Para além de estar mal escrito (parvoíces linguísticas de adolescência), não corresponde ao título da coisa, maneiras que assim tá mais bonito. Tudo a fazer pandan.
E agora mudou de visual, apenas e só porque o design simples que eu tinha antes não me permitia espichar aqui a largura destas paredes que circundam o texto. E aborrece-me ver o texto todo encavalitado. Até tem outro ar e tudo. Para aquilo que vale, está que é uma beleza.

Workshop

Vou ter o meu primeiro workshop de bolos decorados dia 5 de Março! Não cabo em mim de contentamento. Rezo todos os dias para que isto não se torne uma moda enjoativa e que demasiada gente se ponha a fazer o mesmo por todo lado. A ver vamos.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

...

Às vezes apetece-me mandar com isto tudo pelos ares. Congelar as coisas no tempo e dedicar-me aos bolos decorados até me fartar deles. Depois apercebo-me do quão absurda tal decisão seria, e volto a entrar na linha.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

É disto que é feita a emoção

Sob pena de me estar a tornar um bocado insuportável com tanta lamechice, mas ando praqui envolta em memórias musicais. Eu não sou do tempo do Dirty Dancing, mas é inacreditável como este filme encanta gerações. Tal como a banda sonora, que no fundo retrata uma época, não só o filme. Não falo do "Time of my life", que entretanto já enjoou de tantas vezes voltar a passar (acho que desde que o gajo morreu que foi um abuso de reprodução), mas das outras. E o Dirty Dancing 2 também não é mau de todo. Num dia em que me pseudo-casar ou noutro dia qualquer especial que dedique à minha pessoa, ponho toda gente a ouvir e a ver aquilo que eu mais gosto.

Saturday night tiririri rarara

Lembro-me de ser pequena e estar na terra dos meus avós, numa altura em que não havia internet nem playstations...havia só uma televisão muito modesta, que só dava a Rtp1 e era mal e porcamente. Era tão giro. O degredo tecnológico.
Assim sendo, restava-me o carro do meu pai e o leitor de cassetes (essas pequenas queridas já mortas e enterradas pela evolução). Apesar de já no meu âmago saber que o que eu queria era rambóia (entenda-se, saídas à noite), ainda era muito miúda para sair, de modo que me contentava a ouvir umas cassetes com uns mix's de música para discoteca dos anos 90. E não só ouvia como dançava. E vejamos que exige alguma perícia dançar sentada num banco do carro, não é para todos.
Esta particularmente fazia as minhas delícias. Ouvia-a repetidamente, sempre imaginando que era uma girls band aos saltos a cantar a música do sábado à noite (hoje, graças ao youtube, sei que é apenas uma fulana de toalha e secador na mão, com um efeito de duplicação de som, que faz parecer mais do que uma voz).


E porque as coisas do nosso passado têm um sabor especial, este sábado não fui para a rambóia (clarificando novamente, saída à noite), mas fiquei numa sessão de cinema tripla com a progenitora e o meu cachopo, estafeirados (como diz a minha avó) no sofá, a ver três clássicos da disney de seguida. Um sábado à noite para ser bom não precisa ser necessariamente sempre rambóia.

Pronto

Há quem celebre milhões, eu celebro mil visitas. Yurrei!

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Como estragar o ambiente de uma pastelaria em 3 passos

1. Ligar a aparelhagem
2. Colocar um cd de kizomba no leitor
3. Clicar no Play

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

domingo, fevereiro 13, 2011

Espécie de adenda ao post anterior

Será que o mundo simplesmente não foi feito para ser perfeito? Um colega disse-me que num país da Escandinávia (já não me lembro qual), havia os mais altos índices de felicidade e também os mais altos níveis de....suicídios. Algo que ver com o não ter nada por que lutar.
Será que o mundo é assim mesmo porque só assim se mantém vivo? Se tudo fosse perfeito, ou quase tudo, vá, o que faríamos? Pelo que é que lutaríamos?

Assim, enquanto este mundo for um novelo de desequilíbrios abismais, em que uma minoria privilegiada explora uma maioria frágil ou desinformada; em que o conflito surge com tanta frequência (e, porque não, naturalidade - o conflito é natural, mas raramente se sabe lidar com ele da melhor maneira) como no reino animal, mas, em contrapartida, tem efeitos nefastos a níveis assustadores...
Enquanto o mundo for assim, que tanto tem de belo, de neutro e de assustador...quem quiser lutar pelo desenvolvimento, pelo alcance de algo muito maior e melhor, que vá além do individualismo, da caridadezinha, da hipocrisia...quem quiser fazer isso terá sempre muito que fazer.

Pessoas e animais


Este é o papagaio do Bricomarché. Está situado entre as plantas e os candeeiros. É bonito e anima qualquer um, uma vez que já reproduz os sons que as pessoas lhe foram insistentemente dizendo ao longo do tempo. Aquilo que se calhar muitos não se lembram é que antes de ter ido parar a esta gaiola, numa loja, à venda por 950 euros, era um papagaio livre (se não tiver sido criado em cativeiro), podia voar, podia explorar o seu habitat natural. Mas em vez disso foi posto ali para animar a malta.

A poucos metros de distância estão outros pássaros engaiolados, de todas as cores e feitios, quase como sardinhas em lata. Os peixes a mesma coisa. Isto pode parecer muito cliché e até susceptível de alguma controvérsia de alguma parte, mas...para quê? Porque é que um animal tem que estar engaiolado? É que nem sequer consegue esticar as asas. Se alguém quiser ter um bixo destes em casa, enfim, não sei que diga em relação a isso, mas ao menos que dê espaço para o bicho se mexer, caramba. Que lhe proporcione um ambiente acolhedor, agradável,

Mas que raio de mania de superioridade que nós adoptámos que nos faz fazer dos bichos aquilo que nós quisermos. 
Temos bichos engaiolados, para nos animarem. Matamos touros em praças e chamamos a isso tradição. Caçamos animais na mata e chamamos a isso desporto. E os cães que usamos para caçar esses animais, depois de já não serem úteis, são despejados na berma da estrada. E também os comemos, é verdade. Aí declaro-me culpada, que essa barreira ainda não consegui ultrapassar. Embora o comer...seja um pouco diferente de privar a vida de um bicho apenas para meu prazer e diversão.

Já chega desta ideia de instrumentalização dos animais. E já que refiro animais, falo também dos demais, que muitos também são tratados abaixo de animal, mas isso são outros assuntos. Basta!

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Por falar em nostalgia...

De repente, lembrei-me também da única novela de que me lembro quando era miúda e via novelas. Tinha uma certa vontade de voltar a ver, pelo menos uns dois ou três episódios, creio que era o suficiente para enjoar. 

Cá por casa, a minha mãe dizia que era a novela dos banhos, porque elas passavam a vida a dizer "vou tomar um banho". A bem dizer, a novela devia chamar-se isso, ou então, em vez de Laços de Família, devia-se chamar Promiscuidades de família, que aquilo era prali uma cowboiada. Ora agora sou namorado da mãe, ora agora sou namorado da filha.

Mas eu adorava aquelas personagens...sobretudo a Capitu, a prostituta (o preconceito, e o bebé, e os preservativos, e o gajo badalhoco que fazia chantagem com ela constantemente, e ela depois ter ficado com o Fred e viverem juntos para sempre, como numa....novela). Era um espectáculo. E depois tinha o Reinaldo Gianecchini, pronto. Em 2000, tinha 12 anos, ainda não tinha namorado. Tinha que me contentar com este, que só por si, era bem melhor que os cachopos que me circundavam no recreio da escolinha.

Sobre as colecções...

Diz o Saramago:
"Pessoas assim, como o sr.José, em toda a parte as encontramos, ocupam o seu tempo ou o tempo que crêem sobejar-lhe da vida a juntar selos, moedas, medalhas, jarrões, bilhetes-postais, caixas de fósforos, livros, relógios, camisolas desportivas, autógrafos, pedras, bonecos de barro, latas vazias de refrescos, (...), canecas, cachimbos, obeliscos de metal, patos de porcelana, brinquedos antigos, máscaras de carnaval, provavelmente fazem-no por algo a que poderíamos chamar angústia metafísica, talvez por não conseguirem suportar a ideia do caos como regedor único do universo, por isso, com as suas fracas forças e sem ajuda divina, vão tentando pôr alguma ordem no mundo, por um pouco de tempo ainda o conseguem, mas só enquanto puderem defender a sua colecção, porque quando chega o dia de ela se dispersar, e sempre chega esse dia, ou seja por morte, ou por fadiga do coleccionador, tudo volta ao princípio, tudo volta a confundir-se."
Em Todos os Nomes.

Acesso de futilidade I

Ora aí está um exemplo de blog de bijuteria decente...Sem demasiadas coisas exageradas, flores, hello kittys e coelhos da playboy à mistura.
Eu tenho uma panca por pulseiras com pendentes (não sei se estão a perceber a dica :P). Mas coisas discretas e parcimoniosas. Nada de grandes bolonas.

E também acho piada a corações de Viana. Fazem-me lembrar a Amália, a minha diva falecida (e também graças à Joana Vasconcelos).
Só não gosto daquele pendente que parece uma tesoura-alien.



Esta em particular, banhada a ouro e prata, custa uma pequena fortuna.

Vitinho

O Vitinho faz 25 anos!
Eu tenho 22, deve ser por isso que não tenho uma memória tão clara do boneco, mas não deixa de fazer parte de uma época tão nostálgica, que nos deixa de coração apertado e lagrimita no olho.